A Caixa Geral de Depósitos vai exercer o seu direito de preferência sobre o Banco Postal, inviabilizando assim a parceria constituída entre os CTT e o Banif, para o desenvolvimento da instituição financeira, disse hoje Vítor Martins.

A CGD «vai exercer direito de preferência no banco postal» disse hoje o presidente da instituição financeira estatal em conferência de imprensa, acrescentando que «já notificou os CTT da sua intenção de exercer o direito de preferência sobre a parceria com os CTT no Banco Postal».

Vitor Martins afirmou que a «própria denominação [Banco Postal] é prioridade da CGG, que agora vai aguardar a resposta» da empresa liderada por Carlos Horta e Costa.

Este direito de preferência advém do acordo realizado anteriormente pela CGD e CTT para o banco postal e que abortou.

Depois do cancelamento da parceria entre os CTT e a CGD, os CTT acordaram desenvolver o Banco Postal com o Banif.

Ainda ontem o banco liderado por Horácio Roque disse acreditar que o banco postal poderia arrancar no início do segundo semestre, estando a aguardar as autorizações, nomeadamente do Banco de Portugal.

O capital social inicial é de 35 milhões de euros, prevendo-se no «business plan» a cinco anos a injecção de mais capital a meio do percurso, garantiu ontem Duarte d’Almeida, administrador do Banif. O Banif tem metade do capital mais uma acção, ficando os CTT minoritário, de acordo com o memorando de entendimento que foi assinado este ano.