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Bruxelas disponibiliza 1,3 mil milhões para investir em IA e cibersegurança

Arranca esta sexta-feira o programa Digital, para projetos de IA, computação em nuvem e dados, ciber-resiliência e de competências digitais.

Getty Images
28 de Março de 2025 às 11:42
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A Comissão Europeia está a tentar apanhar o comboio da tecnologia, numa altura em que a China e os Estados Unidos disputam a "pole position" na corrida do setor. Bruxelas anunciou esta sexta-feira a criação de um fundo de 1,3 mil milhões de euros, ao abrigo do atual Quadro Financeiro Plurianual 2021-2027, para alocar ao desenvolvimento de projetos que reforcem a soberania tecnológico do bloco.

O programa Digital, que entra hoje em vigor para o período 2025-2027, centra-se na implementação de inteligência artificial (IA) por empresas e administrações públicas, na computação em nuvem e dados, na ciber-resiliência e nas competências digitais. Entre os projetos prioritários contam-se a implementação de IA na saúde, o apoio a centros de inovação, o desenvolvimento de soluções de cibersegurança e o apoio a instituições de ensino para que reforcem as suas competências digitais.

Para além disso, Bruxelas lançou também uma nova plataforma de tecnologias estratégicas para a Europa para atribuir selos de qualidade a projetos promissores, melhorando as suas oportunidades de acesso a financiamento público e privado. As candidaturas ao programa Digital deverão ser lançadas em abril de 2025, com "calls" adicionais ao longo do ano. 

A União Europeia (UE) tem enfrentado desafios significativos no setor tecnológico, especialmente no que diz respeito à concorrência com potências como a China e os Estados Unidos. Uma das primeiras medidas do segundo mandato de Donald Trump foi o lançamento de um fundo de até 500 mil milhões de dólares para inteligência artificial.

Enquanto isso, a China tem intensificado seus esforços no setor tecnológico, resultando numa diminuição da participação das exportações de média e alta tecnologia da Zona Euro. Um estudo do Banco Central Europeu revelou que, desde a pandemia, as exportações europeias perderam quota de mercado devido à mudança na estrutura das exportações chinesas, que agora focam mais em produtos tecnológicos avançados, beneficiados por substanciais subsídios governamentais. Uma estratégia que tem deixado a UE em desvantagem competitiva no mercado global.?

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