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Brasileiros compram a Quebramar e prometem criar 150 empregos

Os empresários brasileiros Cláudio Haber Laranjeira e Maurício Espíndola Dias são os novos donos da cadeia de vestuário Quebramar. A operação de saneamento e transmissão dos activos da insolvente, que dependia do voto do Novo Banco, foi esta segunda-feira aprovada pelos credores.

Sofia A. Henriques
27 de Novembro de 2017 às 13:08
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Os credores da Terra Mítica, liderados pelo Novo Banco, que detinha 83% dos créditos de 30,2 milhões de euros sobre a insolvente, aprovaram esta segunda-feira, 27 de Novembro, o plano de recuperação da empresa dona da cadeia de vestuário Quebramar.

A continuidade da Quebramar vai ser assegurada por dois investidores brasileiros - Cláudio Haber Laranjeira e Maurício da Cunha e Silva Espíndola Dias, sócios de uma nova sociedade que irá adquirir os activos associados a esta marca portuguesa e, a título de contrapartida, pagar créditos sobre a Terra Mítica avaliados em 23,3 milhões de euros.

Uma operação de "saneamento por transmissão" da Terra Mítica que estabelece o compromisso da sociedade dos dois investidores brasileiros na aquisição dos créditos de 22,8 milhões de euros da "Instantes Modernos, Lda.", onde estão parqueados os reconhecidos ao Novo Banco, que ascendiam inicialmente a 25,1 milhões de euros.

Entre outras contrapartidas, ficou estabelecido que a sociedade de Laranjeira e Espíndola Dias irá também pagar, em regime prestacional, as dívidas da insolvente à Segurança Social (409 mil euros) e ao fisco (251 mil euros).

A dupla de investidores brasileiros comprometeram-se ainda a criar, no âmbito da exploração da marca Quebramar, no prazo de três a contar da data de trânsito em julgado da sentença de homologação do plano, "um mínimo de 150 postos de trabalho, dando preferência, em igualdade de circunstâncias, aos ex-trabalhadores da insolvente", lê-se no plano de insolvência da Terra Mítica, a que o Negócios teve acesso.

Foi no quadro de um Processo Especial de Revitalização (PER) da Terra Mítica, apresentado em Abril e que falhou, que a empresa encontrou "um grupo de investidores brasileiros que estava interessado em criar uma rede de retalho em Portugal".

Para a insolvente, a operação de "saneamento por transmissão" é a que melhor "concilia os interesses" dos intervenientes neste processo.

"Assim, perante o volume do nosso passivo (já contando com os efeitos do despedimento colectivo), concluímos que propor aos credores um plano de pagamentos em que os meios de satisfação seriam obtidos através da manutenção da actividade da sociedade e o pagamento através dos respectivos rendimentos, seria pouco credível, inviável, uma vez que tal significaria ou uma grande redução no valor dos créditos a pagar, ou, em alternativa, um prazo de pagamento inusitadamente dilatado no tempo", explica a Terra Mítica, empresa integrada no grupo Lanidor (com 31% do capital) e onde um fundo de capital de risco do Novo Banco é accionista (com 19,6%).

Com três dezenas e meia de lojas, as vendas da Terra Mítica no ano passado foram de 14,7 milhões de euros, tanto quanto facturou em 2002. E só nos últimos dois anos registou três milhões de euros de prejuízos.

 


(Notícia actualização às 13:48)

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