A BP Portuguesa vai investir aproximadamente 3,5 milhões de euros no lançamento no mercado português de dois novos combustíveis de elevada performance e que, segundo a empresa, permitem reduzir também as emissões poluentes.

A BP Ultimate, em versão gasolina com índice de 100 octanas e diesel, vai entrar na rede portuguesa a partir de 26 de Janeiro. Os preços serão mais caros em relação aos produtos standard. No caso da gasolina Ultimate, o litro custará mais 13 cêntimos que o gasolina sem chumbo de 95 octanas e mais 6,5 cêntimos em relação à gasolina de 98 octanas. No diesel a diferença de preço será de 1,5 cêntimos para cima face ao gasóleo ultra e de mais cinco cêntimos face ao "standard".

A campanha de promoção irá mobilizar em 2004 a maior componente do investimento, pouco mais de dois milhões de euros, enquanto o resto, cerca de 1,5 milhões de euros, irá financiar a introdução na rede da BP dos novos combustíveis que deverão chegar aos cerca de 260 postos em meados de Fevereiro.

A BP espera que estes novos produtos consigam alcançar uma quota de 8% nas suas vendas de gasolina e de 15% no gasóleo.

Segundo o presidente da BP Portuguesa, António Comprido, o lançamento dos novos combustíveis marcam também uma nova etapa na diferenciação de produto no mercado onde até agora existia a percepção generalizada por parte dos consumidores que os combustíveis eram todos iguais.

Embora em Portugal a capacidade de refinação não permita a produção de gasolina de índice de 100 octanas, a BP acredita que a concorrência não vai ficar indiferente e que vai responder com produtos similares.

A BP reivindica ter sido a primeira petrolífera a lançar em Portugal um produto diferenciado de alta performance, o gasóleo ultra, iniciativa que foi acompanhada pelas principais concorrentes, designadamente a Galp e a Shell.

Quanto às características dos novos produtos, já disponíveis nos mercados inglês, espanhol e grego, os responsáveis da multinacional inglesa realçam ainda o facto da gasolina cumprir já o índice de enxofre que será obrigatório na União Europeia, a partir de 2005 e que é de 50 PPM (partes por milhão), contra os actuais 150 PPM.