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Boavista inicia novo programa de securitização

Depois de no mês de Dezembro de 1999 ter realizado uma operação de securitização da dívida na ordem dos 134,7 milhões de euros (27 milhões de contos), o Banco Boavista InterAtlântico, prepara-se...

06 de Outubro de 1999 às 14:02
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Depois de no mês de Dezembro de 1999 ter realizado uma operação de securitização da dívida na ordem dos 134,7 milhões de euros (27 milhões de contos), o Banco Boavista InterAtlântico, prepara-se agora para repetir o processo por forma melhorar os seus indicadores de balanço e rubricas de exploração. A nova operação de securitização permitirá ao Boavista encaixar um valor entre os 70 milhões de dólares (65,2 milhões de euros ou 13,07 milhões de contos) e os 50 milhões de dólares (46,57 milhões de euros 9,33 milhões de contos).

Segundo adiantou Ricardo Espírito Santo, vice presidente do Banco Boavista, ao Canal de Negócios «estes são créditos que transitam da altura em que comprámos o banco Boavista, mas que já estavam todos provisionados» como tal esta operação vai permitir retirar algum do crédito mal parado que estava no balanço e melhorar as rubricas de exploração. O mesmo responsável adiantou ainda que o montante que espera recuperar com esta operação corresponde a 20% dos crédito mal parado, o que para o mesmo responsável «é um valor até bastante acima do que se costuma recuperar neste tipo de operações».

Saliente-se que nas operações de securitização a entidade detentora dos créditos vende-os a terceiros por um valor inferior ao seu valor de face, ou seja valor real, ficando a outra parte com o direito de receber esses créditos. Neste caso, com esta operação o Boavista vai recuperar assim 20% do seu credito mal parado ou seja o total do crédito mal parado destinado a estas operações situa-se entre os 350 milhões de dólares (325,98 milhões de euros ou 65,35 milhões de contos) e os 250 milhões de dólares (232,84 milhões de euros ou 46,68 milhões de contos).

De referir que a instituição bancária brasileira registou um comportamento negativo no primeiro semestre deste ano. Devido à desvalorização do real, o banco encerrou o semestre com um prejuízo de 17 milhões de euros (3,4 milhões de contos).

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