Bifes impressos em 3D, à base de vegetais, produzidos por uma startup israelita, estão a começar a chegar aos pratos de restaurantes de alto nível na Europa, na antecâmara de um lançamento mais abrangente numa altura em que cresce o apetite por carne artificial.

Mais de 30 restaurantes em Londres, Berlim e Amesterdão – incluindo a cadeia Marco Pierre White – começaram a oferecer os produtos impressos da Redefine Meat Ltd., que são elaborados com "tinta" de origem vegetal que recriam a aparência e textura de um bife.

A maioria das empresas de proteínas de origem vegetal, recorde-se, está a centrar-se atualmente em produtos como harmburguers, que são mais fáceis de imitar.

A procura por proteínas alternativas tem vindo a expandir-se, à medida que os consumidores tomam mais consciência dos riscos – para o meio ambiente e a saúde – do consumo de carne, o que atrai a atenção de startups e grandes empresas alimentares, como a Nestlé e a JBS.

Apesar de o mercado da carne artificial ainda ser relativamente pequeno, a Redefine Meat quer que os seus produtos ofereçam aos comensais a mesma experiência sensorial que comer bife de primeira qualidade.

Atualmente, a empresa israelita produz menos de 10 toneladas de carne artificial por mês, mas pretende "aumentar drasticamente" essa capacidade no próximo ano, com a abertura em janeiro de uma fábrica em Amesterdão, declarou o seu CEO, Eshchar Ben-Shitrit.

A Redefine Meat celebrou três acordos com distribuidores europeus de alimentos e conta vender produtos em milhares de restaurantes europeus nos próximos dois anos, para depois os disponibilizar em lojas.

"A expansão não está limitada pela nossa capacidade para vender ou interagir com restaurantes, pois a procura é bastante alta, mas trata-se principalmente de uma limitação pela capacidade de produção", sublinhou Ben-Shitrit.

A Redefine Meat também vende outros produtos de origem vegetal, como salsichas e carne moída.