Notícia
Bicicletas "Made in Portugal" dão alternativa a fornecedores asiáticos na UE
A pandemia trouxe uma redescoberta do ciclismo. O projeto Carbon Team, cofinanciado por fundos europeus, está a produzir componentes de bicicletas para ajudar a reduzir dependência de fornecedores asiáticos na União Europeia. Portugal é já o maior fabricante de bicicletas da Europa.
02 de Fevereiro de 2023 às 09:57
O projeto Carbon Teams está a desenvolver e produzir componentes de bicicletas em fibra de carbono que podem oferecer à União Europeia uma alternativa aos fornecedores asiáticos, avança esta quinta-feira a Bloomberg. O projeto, cofinanciado por fundos europeus, junta empresários de Portugal, Alemanha e Taiwan, e está sediado em Vouzela, em Viseu.
A pandemia trouxe uma redescoberta do ciclismo, com milhares de pessoas a pegarem nas bicicletas como forma de evitar os contágios nos transportes públicos. Só em 2020, estima-se que as vendas de bicicletas tenham aumentado mais de 10% em todo o mundo, aumentado a dependência dos fornecedores asiáticos, que dominam o mercado da bicicleta.
Face a isso, o projeto Carbon Team tem servido de alternativa aos habituais fornecedores asiáticos no contexto europeu. À Bloomberg, o diretor geral da Carbon Team, Emre Ozgunes, explica que a pandemia e os consequentes problemas logísticos representaram uma "oportunidade" para o projeto lançado em 2018 e que a empresa tem trabalhado para oferecer prazos de entrega mais rápidos para responder à elevada procura de componentes para bicicletas, como quadros e guiadores.
Em 2019, Portugal ultrapassou a Itália, tornando-se o maior fabricante de bicicletas da Europa, embora a sua produção de 2,9 milhões de bicicletas em 2021 tenha ficado abaixo do que a Ásia exportou para a Europa.
"Os europeus querem cada vez mais produtos 'Made in Europe'. A competição não é sobre preço", refere Gil Nadais, secretário-geral da Associação Nacional das Indústrias de Duas Rodas (Abimota).
Em 2022, estima-se que os europeus compraram até 1 milhão de quadros de carbono, mas menos de 30.000 foram fabricados no Velho Continente. Até 2030, a Conebi, que junta os fabricantes de bicicletas da Europa, estima que 20% dos componentes vendidos na região possam ser fabricadas cá e o Carbon Team pretende contribuir para isso.
A pandemia trouxe uma redescoberta do ciclismo, com milhares de pessoas a pegarem nas bicicletas como forma de evitar os contágios nos transportes públicos. Só em 2020, estima-se que as vendas de bicicletas tenham aumentado mais de 10% em todo o mundo, aumentado a dependência dos fornecedores asiáticos, que dominam o mercado da bicicleta.
Face a isso, o projeto Carbon Team tem servido de alternativa aos habituais fornecedores asiáticos no contexto europeu. À Bloomberg, o diretor geral da Carbon Team, Emre Ozgunes, explica que a pandemia e os consequentes problemas logísticos representaram uma "oportunidade" para o projeto lançado em 2018 e que a empresa tem trabalhado para oferecer prazos de entrega mais rápidos para responder à elevada procura de componentes para bicicletas, como quadros e guiadores.
Em 2019, Portugal ultrapassou a Itália, tornando-se o maior fabricante de bicicletas da Europa, embora a sua produção de 2,9 milhões de bicicletas em 2021 tenha ficado abaixo do que a Ásia exportou para a Europa.
"Os europeus querem cada vez mais produtos 'Made in Europe'. A competição não é sobre preço", refere Gil Nadais, secretário-geral da Associação Nacional das Indústrias de Duas Rodas (Abimota).