O BES, que reforçou recentemente de cerca de 2% para mais de 3% a sua participação na EDP, diz que quer continuar a fazer parte do "núcleo duro" da eléctrica portuguesa.

"Os bancos têm hoje as suas limitações nos investimentos, mas aqui [lEDP] tentamos participar ao máximo para sermos um dos accionistas do núcleo duro", disse José Maria Ricciardi, representante do BES no conselho geral e de supervisão da EDP.

À margem da AG da eléctrica, que está a decorrer no Parque das Nações em Lisboa, o responsável elogiou os resultados da empresa em 2008 e a performance de gestão da equipa de António Mexia nos últimos três anos à frente da EDP.

"Em termos recorrentes a EDP apresentou resultados notáveis", afirmou Ricciardi, para quem não incomoda a contabilização da mais-valia da EDP Renováveis em resultados consolidados da EDP.

O banqueiro, enquanto accionista, não está também preocupado com os rácios de endividamento da EDP.

"Depois das últimas operações financeiras, como a titularização do défice tarifário, a empresa tem agora múltiplos de dívida sobre EBITDA muito razoáveis".