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BES suspeito de comercializar estruturas usadas para evasão fiscal

A rusga aos escritórios do BES em Espanha ocorreu com base num relatório da Agência Tributária espanhola que notava que o banco poderia estar a comercializar "estruturas fiduciárias para a fraude fiscal e branqueamento de capitais".

13 de Novembro de 2006 às 10:17
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A rusga aos escritórios do BES em Espanha ocorreu com base num relatório da Agência Tributária espanhola que notava que o banco poderia estar a comercializar "estruturas fiduciárias para a fraude fiscal e branqueamento de capitais".

Segundo a imprensa espanhola, estas estruturas fiduciárias, apontadas num relatório de 14 de Junho último, poderiam estar a ser geridas por um funcionário da seguradora Cahispa que foi, a par do banco BNP, também alvo de rusgas policiais.

O jornal "El País" refere que o funcionário, Leandro Kremen Slipakov, é apontado como administrador de uma sociedade irlandesa, a Aquarius, a quem pertencem contas no valor de 1,8 mil milhões de euros bloqueadas em quatro bancos: BES, BNP, BBVA e Banco de Madrid.

«Até ao momento ainda ninguém reclamou a propriedade dos fundos bloqueados, por alegados crimes de evasão fiscal e branqueamento de capitais, sabendo-se apenas que o capital é procedente do Luxemburgo.

Ainda relativamente ao BES, as autoridades estão interessadas, segundo o jornal, em identificar as estruturas comercializadas pela Fiduprivate, uma filial do banco.

Querem saber os rendimentos e patrimónios que se podem ter ocultado sob essas estruturas e ainda a identidade dos seus autênticos titulares, entendendo que se trata de "mecanismos que representam especial perigo da perspectiva da fraude fiscal e branqueamento de capitais".

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