O Banco Bradesco registou lucros de 5,514 mil milhões de reais (2,176 mil milhões de euros), em 2004, o maior lucro da história do banco brasileiro, parceiro estratégico do Banco Espírito Santo.

A instituição financeira brasileira anunciou, que, vai distribuir 1,881 mil milhões de reais (742 milhões de euros) pelos accionistas, valor que corresponde a um "payout" de 33%. Caberá ao BES, por deter 3,35% do total do banco e 6,69% das acções ordinárias, um montante de 63 milhões de reais (25 milhões de euros) em dividendos e juros mensais, relativos à actividade de 2005, de acordo com as contas do Jornal de Negócios.

O Bradesco apresentou um retorno sobre o Património Líquido médio em 2005 de 32,1%, contra os 22% no ano 2004. A margem financeira ajustada alcançou os 16,548 mil milhões de reais (6,531 mil milhões de euros) com evolução de 25,1% no ano.

Citado em comunicado, Márcio Cypriano, presidente do maior banco privado no Brasil, afirma que "o ano de 2005 foi o maior lucro líquido da nossa história de 62 anos.

Destacaria o forte crescimento da nossa carteira de crédito, a consolidação da segmentação da nossa base de clientes, o melhor desempenho do Grupo Bradesco de Seguros e o forte controlo de custos como os grandes responsáveis pelo resultado apresentado".

Em conferência de imprensa, Cypriano descartou o interesse de crescer fora do Brasil, apesar do desempenho em 2005. "Se estivéssemos nos Estados Unidos, seríamos o oitavo maior banco. No mundo, o 35º", destacou o presidente que reafirmou o foco no mercado doméstico brasileiro.