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BES Capital entra nas telecomunicações

A operadora bracarense da telefonia móvel passou a ter como accionistas uma sociedade de capital de risco e dois ex-gestores.

09 de Outubro de 2006 às 08:22
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A operadora bracarense da telefonia móvel passou a ter como accionistas uma sociedade de capital de risco e dois ex-gestores.

A Espírito Santo Capital - Sociedade de Capital de Risco e de private equity, controlada pelo BES Investimento, comprou 55 por cento da TLCI - Soluções Integradas de Telecomunicações à Imperpar, com sede em Braga. Uma transacção que terá envolvido um investimento que não ultrapassou os 10 milhões de euros.


O objectivo da aquisição é potenciar a participação da TLCI "no processo de concentração que está em curso no sector", disse ao PÚBLICO João Arantes de Oliveira, que está à frente da Espírito Santo Capital.


Esta sociedade de capital risco possui actualmente cerca de 135 milhões de euros sob gestão, aplicados no apoio a novas iniciativas empresariais ou à reestruturação de projectos "considerados com interesse".

A sua carteira de investimentos encontra-se distribuída por 25 empresas. O negócio terá rondado os 10 milhões de euros. Este valor não foi confirmado por Arantes de Oliveira, que alegou deveres de confidencialidade.


A entrada do BES na TLCI enquadra-se na estratégia de envolver as sociedades de capital de risco em operações de management buy-out (MBO), com quadros superiores de empresas médias e onde se considera existir potencial de crescimento. Os parceiros na TLCI são dois gestores actuais da operadora, José Manuel Capa Pereira e Jorge Martins, que reforçaram a sua posição para 45 por cento, no âmbito de uma operação de owners buy-out. Capa Pereira será indicado para presidir ao conselho de administração.


A TLCI desenvolve actividade no sector das telecomunicações móveis e multimédia, por via de uma parceria com a TV Cabo Portugal, e no segmento de multimédia intervém através de uma parceria com a TV Cabo Portugal. Uma das componentes de negócio está no retalho, captando clientes para a telefonia móvel, o cabo e os serviços de integração, mas opera igualmente na área grossista. Com 19 lojas e mais de 250 agentes, a TLCI cobre sobretudo a Região Norte do país, mas é um dos principais agentes a nível nacional da TMN, empresa do Grupo PT.


Com um volume de negócios anual de 25 milhões de euros, a empresa bracarense possui dimensão média e projecta agora expandir-se para o Centro e o Sul de Portugal, através de aquisições ou crescendo por via orgânica (abertura de lojas e aumento do número de agentes). A TLCI arrancou em 1992, acompanhando a liberalização do sector das comunicações, e numa altura em que começaram a aparecer as redes digitais de telefonia móvel. Os seus quadros fundadores estiveram inicialmente envolvidos no projecto da Telecel, mais tarde adquirida pela Vodafone, e de que o BES foi um accionista de referência.

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