O Banco Espírito Santo (BES) registou, nos primeiros nove meses do ano, um crescimento dos resultados líquidos consolidados de 8,4%, em relação ao período homólogo do ano anterior, ascendendo a 141,15 milhões de euros (28,3 milhões de contos). A este resultado corresponde uma rendibilidade dos capitais próprios (ROE) de 19,2%

Para os valores alcançados contribuiu o crescimento em 25,6% dos resultados financeiros, resultante da evolução da actividade creditícia, nomeadamente na área dos particulares para a habitação e do crescimento em 14,1% das comissões. Os ganhos de «trading» registaram um decréscimo de 31%, em consequência da menor actividade de banca de investimento e de mercado de capitais, consequência de um abrandamento da rendibilidade do mercado de capitais, verificado no primeiro semestre de ano.

Os resultados extraordinários que se situaram nos 36,4 milhões de euros (7,3 milhões de contos), resultam sobretudo da alienação da participação na SIC pelo Banco Espírito Santo de Investimento (BESI), no montante de 36,55 milhões de euros (7,33 milhões de contos), dos quais o Grupo BES se apropriou de 48,54%, ou seja 17,4 milhões de euros (3,5 milhões de contos).

A nível internacional, no Brasil, pela via da consolidação das sociedades antes da aquisição do banco Boavista, foi determinado um «goodwill», cujo o efeito nas contas se cifrou nos 44,89 milhões de euros (9 milhões de contos) e que foi totalmente amortizado contra reservas. No que diz respeito à Polónia, o BES pediu ao Banco Central da Polónia para aumentar a participação no Kredyt Bank para 15% e, inserido na reestruturação do sistema de segurança social polaco, constituiu uma sociedade gestora de fundos de pensões. Recorde-se que o BES já tinha aumentado, em Abril último, a sua participação na instituição polaca para 10%.

As acções da instituição financeira presidida por Ricardo Salgado (na foto) encerraram hoje nos 24,75 euros (4.961 escudos), que corresponde a uma valorização de 0,12%.