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Benfica rejeita comentar relatório sobre alegados negócios com EPUL
O Benfica rejeita comentar o relatório da Inspecção-Geral de Finanças (IGF) que denuncia alegadas irregularidades nos negócios entre a Empresa Pública de Urbanização de Lisboa (EPUL) e os "encarnados", adiantou hoje fonte do clube à Agência Lusa.
O Benfica rejeita comentar o relatório da Inspecção-Geral de Finanças (IGF) que denuncia alegadas irregularidades nos negócios entre a Empresa Pública de Urbanização de Lisboa (EPUL) e os "encarnados", adiantou hoje fonte do clube à Agência Lusa.
"O Benfica não vai comentar o relatório porque o mesmo só diz respeito à EPUL. Na construção do novo estádio, o Benfica cumpriu todos os acordos e obrigações que tinha", afirmou o director de comunicação dos "encarnados", Ricardo Maia, à Agência Lusa.
O documento, a que o Correio da Manhã e Jornal de Negócios tiveram acesso, revela que no caso dos terrenos do Vale de Santo António, a empresa municipal fez um "adiantamento por conta de lucros futuros, decorrentes do empreendimento de 200 fogos (...), de 9,975 milhões de euros ao SLB [Sport Lisboa e Benfica], sem que fosse devidamente demonstrada a adequabilidade de tal valor aos lucros previsíveis".
A "EPUL assumiu toda a componente de risco do negócio", salienta o relatório, cuja análise se reporta aos anos de 2003 a 2006.
Segundo a IGF, a empresa municipal assumiu ainda encargos no valor de cerca de 1,3 milhões de euros a mais do que o estabelecido no contrato-programa para o novo estádio do Benfica.
Em vez de pagar 6.822.419 euros, a EPUL despendeu 8 118 678 euros, refere o jornal.
Em Abril de 2002, responsáveis da autarquia, da EPUL, do Sporting e do Benfica celebraram diversos protocolos destinados a viabilizar a construção dos estádios previstos para a realização do Euro2004.
No entanto, segundo noticia hoje o jornal Público, a EPUL perdeu 2,5 milhões de euros só com a compra ao Benfica dos terrenos junto ao Estádio da Luz.