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Benetton alerta Governo italiano para pressões na fusão Abertis - Autostrade
A Abertis poderá desistir da fusão com a Autostrade se o Governo italiano impuser certas condições, lembrou Gilberto Benetton, um dos accionistas de referência da Autostrade.
A Abertis poderá desistir da fusão com a Autostrade se o Governo italiano impuser certas condições, lembrou Gilberto Benetton, um dos accionistas de referência da Autostrade.
Quaisquer tentativas para alterar as condições da fusão entre a espanhola Abertis e a italiana Autostrade poderão conduzir a um desfecho negativo do negócio, noticiou o «Financial Times», citando Gilberto Benetton, um dos principais accionistas do grupo que controla a Autostrade, a Schemaventotto.
A fusão, avaliada em 25 mil milhões de euros, tem sido criticada pela classe política italiana, ao mesmo tempo que o Governo de Itália tem pedido garantias de que a fusão se traduza na continuação de investimentos na Autostrade.
Gilberto Benetton disse, segundo o «Financial Times», que «tem de haver a certeza de que o Governo não está a impor termos e condições que tornem o negócio impossível».
«Certamente, sendo esse o caso, os espanhóis poderão desistir», acrescentou o accionista da Schemaventotto. A família Benetton será o maior accionista no grupo resultante da fusão, que foi anunciada em Abril e poderá criar uma enorme empresa europeia de infra-estruturas. A Autostrade recolhe actualmente 90% das suas receitas na cobrança de portagens em 60% das auto-estradas italianas.
O «Financial Times» tinha já na semana passada adiantado que a Autostrade pretende ter definidos os detalhes da sua fusão com a Abertis ainda antes da sua assembleia geral de accionistas, marcada para 30 de Junho. A empresa italiana tem vindo a tentar minimizar as pressões do Governo italiano, que já ameaçou retirar algumas concessões à Autostrade.
A concessionária de auto-estradas espanhola Abertis controla hoje cerca de 10% da Brisa. A posição da empresa portuguesa na Abertis não ultrapassa 1%.