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Belmiro de Azevedo questiona papel das sociedades de capital de risco

O presidente do grupo Sonae, Belmiro de Azevedo, questionou hoje o papel das sociedades de capital de risco em Portugal, lamentando as dificuldades com que as empresas inovadoras se debatem na criação e arranque da sua actividade.

16 de Setembro de 2005 às 21:12
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O presidente do grupo Sonae, Belmiro de Azevedo, questionou hoje o papel das sociedades de capital de risco em Portugal, lamentando as dificuldades com que as empresas inovadoras se debatem na criação e arranque da sua actividade.

«O capital de risco em Portugal é um empréstimo ‘super- garantido’ para as sociedades que o financiam», disse Belmiro de Azevedo, no seminário «IAPMEI - 30 anos com as empresas», a decorrer no Parque das Nações, em Lisboa, segundo a Lusa.

Segundo Belmiro de Azevedo, a estrutura económica e social do país tem-se modificado profundamente nas últimas décadas.

No entanto, «as alterações registadas no mundo dos negócios geram uma maior dinâmica empresarial que se revela pela capacidade de renovação da estrutura empresarial», bem como «pelo número e qualidade das empresas emergentes», referiu o presidente do grupo Sonae.

Belmiro de Azevedo considerou também que há que rever o papel das sociedades de capital de risco em Portugal, no que respeita ao financiamento da criação de empresas («start-ups»).

Alertou igualmente para a necessidade do reforço dos fundos destinados ao financiamento do «capital semente», bem como do capital de arranque e crescimento («early stage»), e a sua articulação com os sistemas de incentivos previstos pelo Governo.

O empresário chamou a atenção para a necessidade de uma forte aposta na educação, qualificação e investigação, além de fomentar uma mentalidade propensa à inovação.

Como exemplos desta nova atitude para a inovação e a internacionalização das empresas, Belmiro falou da Indasa, inicialmente uma «start-up» do sector da madeira que hoje factura cerca de 20,2 milhões de euros anuais, da Probos, uma empresa dedicada ao fabrico de orlas e colas para a indústria do mobiliário, com um volume de negócios de 40 milhões de euros anuais e da Barbosa & Almeida, empresa vidreira que actualmente factura cerca de 60 milhões de euros anuais.

O seminário «IAPMEI - 30 anos com as empresas» encerra hoje com a intervenção do ministro da Economia e Inovação, Manuel Pinho, e do presidente do instituto público, Jaime Andrez.

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