Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

BCP sai da Brisa e australianos da Dornelas entram com 10% (act.)

O BCP vendeu os 9,71% que detinha na Brisa através do seu fundo de pensões. O grupo José de Mello adquiriu esta tranche, mas alienou 10% da Brisa aos australianos da Hidroeléctrica Dornelas, ficando com cerca de 30% da concessionária. O CFO do grupo Mello

06 de Junho de 2007 às 19:38
  • ...

O BCP vendeu os 9,71% que detinha na Brisa através do seu fundo de pensões. O grupo José de Mello adquiriu esta tranche, mas alienou 10% da Brisa aos australianos da Hidroeléctrica Dornelas, ficando com cerca de 30% da concessionária. O CFO do grupo Mello deu garantias ao Jornal de Negócios que a Brisa não irá desfazer-se dos 2,981% que detêm no BCP.

O grupo José de Mello alienou 60 milhões de acções da Brisa [BRISA], correspondentes a 10% do capital, à australiana Hidroeléctrica Dornelas, uma empresa de infra-estruturas que pertence ao fundo Babcock & Brown.

O preço de venda foi de 9,85 euros por acção, o que corresponde a um encaixe de 591 milhões de euros para a José de Mello.

A operação foi feita pela através da venda de várias tranches de acções pelas participadas Jose de Mello Investimentos; Egadi; Window Blue e Impegest.

BCP rompe participações cruzadas e encaixa 562,6 milhões

Seguidamente, o grupo José de Mello voltou a reforçar na Brisa, passado dos 20,393% para os 29,912%.

Este reforço resultou da compra de uma tranche de 9,71% da Brisa à Pensõesgere, a sociedade que gere os fundos de pensões do BCP.

Segundo explicou ao Jornal de Negócios fonte oficial da Brisa, esta compra foi feita ao mesmo preço da venda anterior, ou seja, 9,85 euros por acção.

A aquisição foi efectuada pela Orla, uma outra participada da José de Mello, por 562,6 milhões de euros.

Com a venda, o BCP deixa de ter uma participação qualificada, detendo apenas 0,02% directamente e outros 0,01% através da Fundação BCP.

Com esta operação, o BCP e a Brisa deixam de ter participações cruzadas. O grupo José de Mello controla 2,981% da instituição liderada por Paulo Teixeira Pinto.

O grupo José de Mello não alterou muito a sua posição na Brisa após estas duas operações. Passou de 30,393% para 29,913%.

Australianos potenciam negócios internacionais

O CFO do grupo José de Mello, Jorge Gonçalves, disse ao Jornal de Negócios que este novo parceiro é "potenciador de enormes oportunidades de negócios internacionais para a Brisa, principalmente nos Estados Unidos da América".

Sobre a possibilidade do grupo José de Mello vender a posição de 2,981% que detêm na Brisa, afirmou que "não". A posição detida no BCP "é inquestionável e não está à venda".

Jorge Gonçalves diz ainda que a troca da Pensõesgere pelos australianos "beneficia a Brisa", já que o BCP era um "sleeping partner", enquanto os australianos "são uma referência internacional na área das infra-estrutura, com capacidade de gerar negócio" para a empresa portuguesa.

Quem é o Babcock & Brown?

O Babcock & Brown é um fundo australiano, dono da Hidroeléctrica Dornelas.

Este fundo já realizou no passado negócios com empresas portuguesas. Em Dezembro de 2005, comprou a Enersis à Semapa [SEMA] num negócio avaliado em 420,8 milhões de euros.

Aquando da OPA da Sonaecom à Portugal Telecom e nos testes de mercado realizados pela Autoridade da Concorrência, a Babconk & Brown foi uma das empresas que se mostrou interessada em operar em Portugal como operador móvel virtual.

As acções da Brisa fecharam hoje em queda de 0,82% para os 9,71 euros.

Ver comentários
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio