Notícia
Bancos estrangeiros cobiçam congéneres dos EUA em falência
Muitos bancos norte-americanos que entraram em processo de falência poderão vir a ser adquiridos por entidades financeiras estrangeiras. Segundo o "The Wall Street Journal", a venda ao BBVA das operações do Guaranty Bank, mostra que os bancos de fora dos EUA poderão ser bem sucedidos na compra dos congéneres norte-americanos em dificuldades.
Muitos bancos norte-americanos que entraram em processo de falência poderão vir a ser adquiridos por entidades financeiras estrangeiras. Segundo o "The Wall Street Journal", a venda ao BBVA das operações do Guaranty Bank, que na semana passada pediu protecção contra credores ao abrigo do Capítulo 11 da Lei de Falências, mostra que os bancos de fora dos EUA poderão ser bem sucedidos na compra dos congéneres norte-americanos em dificuldades.
Na sexta-feira, a divisão nos EUA do Banco Bilbao Viscaya Argentaria (BBVA) tornou-se na primeira entidade estrangeira a comprar um banco norte-americano em falência durante a actual crise – o Guaranty Bank (unidade do Guaranty Financial Group Inc.), que os reguladores federais tinham encerrado nesse mesmo dia. O BBVA levou a melhor sobre o U.S. Bancorp e sobre um grupo de empresas de “private equity”, incluindo o Blackstone Group, Carlyle Group, Oak Hill Capital Partners e o multimilionário Gerald J. Ford, que já foi CEO de um banco, sublinha a mesma fonte.
Entre outros bancos estrangeiros com presença nos EUA e que estão interessados em adquirir congéneres norte-americanos em falência incluem-se o francês BNP Paribas, através da sua subsidiária de São Francisco, Bank of the West; o Toronto-Dominion Bank, através da sua subsidiária de Portland (Maine), TD Bank; e o Rabobank na Califórnia, que é a subsidiária do Rabobank Group da Holanda, refere o “WSJ”.
Espera-se também que entre os potenciais compradores esteja o UnionBanCal Corp. em São Francisco, detido pelo Bank of Tokyo-Mitsubishi UFJ, de acordo com a mesma fonte.
Em Abril, o Bank of West concordou em gerir o New Frontier Bank para a FDIC. A autoridade reguladora colocou aquele banco do Colorado em falência, mas não conseguiu arranjar-lhe comprador, pelo que o próximo passo do Bank of West talvez seja a aquisição, avança o “WSJ”.
Outros bancos estrangeiros já fizeram, entretanto, propostas de compra que não foram ganhas. O TD Bank tentou comprar o BankUnited, que faliu em Maio, e o Rabobank lançou uma oferta de compra sobre o County Bank em Merced (Califórnia), que faliu em Fevereiro, mas nenhuma das propostas foi bem sucedida, segundo os documentos apresentados no “website” da FDIC e citados pelo jornal.
“Qualquer capital adicional que ajude a amortecer o golpe sofrido pela Federal Deposit Insurance Corp (FDIC - entidade reguladora da banca, com sede em Washington,) e pelo sistema financeiro devido às falências dos bancos será bem recebido. Até agora, 106 bancos foram à falência nos dois anos desde o início da crise – 81 este ano e 25 em 2008. E essas falências estão a esgotar o fundo de garantia da FDIC”, salienta o mesmo jornal.
Além disso, “os bancos estrangeiros têm sido bons cidadãos corporativos”, referiu ao jornal Peter Winter, analista bancário na BMO Capital Markets. Com efeito, estas entidades financeiras não têm precisado de beneficiar do dinheiro dos contribuintes norte-americanos colocado nos fundos de resgate.
Na semana passada, entraram em falência mais quatro bancos norte-americanos – Guaranty Bank, eBank, First Coweta Bank e CapitalSouth Bank -, o que elevou para 81 o número de falências deste ano, salienta também hoje a “Press Trust of India”, referindo que a média está assim em 10 falências por mês.
Mais 150 a 200 falências, diz analista
Richard Bove, analista bancário da Rochdale Securities, é hoje citado pela Reuters pelo facto de ontem ter dito que prevê mais 150 a 200 falências de bancos norte-americanos – além das actuais 81 - devido à actual crise.
Segundo este responsável, isto poderá obrigar a FDIC, que garante os depósitos, a virar-se cada vez mais para bancos não norte-americanos e para fundos de capital de risco para que se injecte capital no sistema bancário.
Três grandes falências deste ano – BankUnited Financial Corp em Maio e Colonial BancGroup e Guaranty Financial Group em Agosto – custaram colectivamente cerca de 10,7 mil milhões de dólares ao fundo da FDIC, salienta a Reuters.
“A dificuldade neste momento é encontrar bancos suficientemente saudáveis para poderem comprar bancos em falência”, acrescentou Bove à Reuters.
Espera-se que na quarta-feira, 26 de Agosto, a FDIC aprove directrizes mais flexíveis para as empresas de “private equity” investirem em bancos que entraram em processo de falência, depois das críticas às normas anteriormente propostas e que eram demasiado rígidas, podendo dissuadir as empresas de fazerem investimentos, sublinha a agência noticiosa.
Na sexta-feira, a divisão nos EUA do Banco Bilbao Viscaya Argentaria (BBVA) tornou-se na primeira entidade estrangeira a comprar um banco norte-americano em falência durante a actual crise – o Guaranty Bank (unidade do Guaranty Financial Group Inc.), que os reguladores federais tinham encerrado nesse mesmo dia. O BBVA levou a melhor sobre o U.S. Bancorp e sobre um grupo de empresas de “private equity”, incluindo o Blackstone Group, Carlyle Group, Oak Hill Capital Partners e o multimilionário Gerald J. Ford, que já foi CEO de um banco, sublinha a mesma fonte.
Espera-se também que entre os potenciais compradores esteja o UnionBanCal Corp. em São Francisco, detido pelo Bank of Tokyo-Mitsubishi UFJ, de acordo com a mesma fonte.
Em Abril, o Bank of West concordou em gerir o New Frontier Bank para a FDIC. A autoridade reguladora colocou aquele banco do Colorado em falência, mas não conseguiu arranjar-lhe comprador, pelo que o próximo passo do Bank of West talvez seja a aquisição, avança o “WSJ”.
Outros bancos estrangeiros já fizeram, entretanto, propostas de compra que não foram ganhas. O TD Bank tentou comprar o BankUnited, que faliu em Maio, e o Rabobank lançou uma oferta de compra sobre o County Bank em Merced (Califórnia), que faliu em Fevereiro, mas nenhuma das propostas foi bem sucedida, segundo os documentos apresentados no “website” da FDIC e citados pelo jornal.
“Qualquer capital adicional que ajude a amortecer o golpe sofrido pela Federal Deposit Insurance Corp (FDIC - entidade reguladora da banca, com sede em Washington,) e pelo sistema financeiro devido às falências dos bancos será bem recebido. Até agora, 106 bancos foram à falência nos dois anos desde o início da crise – 81 este ano e 25 em 2008. E essas falências estão a esgotar o fundo de garantia da FDIC”, salienta o mesmo jornal.
Além disso, “os bancos estrangeiros têm sido bons cidadãos corporativos”, referiu ao jornal Peter Winter, analista bancário na BMO Capital Markets. Com efeito, estas entidades financeiras não têm precisado de beneficiar do dinheiro dos contribuintes norte-americanos colocado nos fundos de resgate.
Na semana passada, entraram em falência mais quatro bancos norte-americanos – Guaranty Bank, eBank, First Coweta Bank e CapitalSouth Bank -, o que elevou para 81 o número de falências deste ano, salienta também hoje a “Press Trust of India”, referindo que a média está assim em 10 falências por mês.
Mais 150 a 200 falências, diz analista
Richard Bove, analista bancário da Rochdale Securities, é hoje citado pela Reuters pelo facto de ontem ter dito que prevê mais 150 a 200 falências de bancos norte-americanos – além das actuais 81 - devido à actual crise.
Segundo este responsável, isto poderá obrigar a FDIC, que garante os depósitos, a virar-se cada vez mais para bancos não norte-americanos e para fundos de capital de risco para que se injecte capital no sistema bancário.
Três grandes falências deste ano – BankUnited Financial Corp em Maio e Colonial BancGroup e Guaranty Financial Group em Agosto – custaram colectivamente cerca de 10,7 mil milhões de dólares ao fundo da FDIC, salienta a Reuters.
“A dificuldade neste momento é encontrar bancos suficientemente saudáveis para poderem comprar bancos em falência”, acrescentou Bove à Reuters.
Espera-se que na quarta-feira, 26 de Agosto, a FDIC aprove directrizes mais flexíveis para as empresas de “private equity” investirem em bancos que entraram em processo de falência, depois das críticas às normas anteriormente propostas e que eram demasiado rígidas, podendo dissuadir as empresas de fazerem investimentos, sublinha a agência noticiosa.