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Avaliação de confiança no presidente da REN compete aos accionistas

O presidente da Comissão de Mercado e Valores Mobiliários, Carlos Tavares, remeteu hoje para a Parpública uma resposta sobre se o presidente da REN, José Penedos, arguido no processo Face Oculta, devia seguir o exemplo de Armando Vara e suspender o mandato.

04 de Novembro de 2009 às 18:24
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O presidente da Comissão de Mercado e Valores Mobiliários, Carlos Tavares, remeteu hoje para a Parpública uma resposta sobre se o presidente da REN, José Penedos, arguido no processo Face Oculta, devia seguir o exemplo de Armando Vara e suspender o mandato.

"Na REN, o que é essencial é que a informação que existe esteja disponível para o mercado", disse o supervisor, quando questionado pelos jornalistas sobre se a condição de arguido do presidente da REN, José Penedos, afecta a imagem da empresa que está cotada em bolsa (subiu hoje 0,33 por cento para 3 euros).

"Não é a nós que nos compete fazer a avaliação, é aos accionistas da empresa", reforçou, citado pela Lusa.

Hoje, fonte oficial da Parpública, uma entidade pública que é a principal accionista da REN, quando questionada pela agência Lusa sobre se mantém a confiança na actual administração da REN, declarou que a empresa, "enquanto accionista, está a acompanhar a situação", mas "não tem qualquer comentário a fazer sobre esta questão, visto que o processo está em fase de investigação e ainda não está concluído".

A Parpública - através da Capitalpor Participações Portuguesas, SGPS,SA - detém a maioria do capital (46%) da REN - Redes Energéticas Nacionais -, empresa concessionária da gestão das redes de transporte de electricidade e gás natural em Portugal.



Por outro lado, sobre se a Parpública vai abrir ou pediu a abertura de um inquérito sobre as ligações da REN a empresas ou empresários envolvidos Face Oculta, a mesma fonte respondeu que "a REN é uma empresa cotada, tendo órgãos próprios de supervisão, que se ocupam de matérias relacionadas com a empresa".

Questionado sobre o papel da CMVM neste processo, Carlos Tavares lembrou que, "nas empresas não financeiras, não há uma avaliação de idoneidade pelo supervisor. A informação está no mercado, é conhecida, os accionistas farão o que entenderem". Depois de os jornalistas insistirem que a Parpública remeteu, de forma indirecta, a resposta para a CMVM, Carlos Tavares concluiu: "Já fiz o meu comentário".

Antes, já o presidente da CMVM tinha afirmado que concordava com Vítor Constâncio quando o Governador elogiou a suspensão do mandato do vice-presidente do BCP Armando Vara.

"Concordo com aquilo que o Governador do Banco de Portugal disse", revelou Carlos Tavares.

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