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Auchan refuta práticas multadas pela AdC e vai recorrer judicialmente

A coima total fixou-se em 19.469.276 euros, sendo que ao Auchan foi aplicada uma multa de 2.660.000 euros.

A Auchan prevê investir mais 30 milhões até 2025 na experiência de compra virtual.
João Cortesão
20 de Junho de 2022 às 19:12
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A Auchan Retail Portugal refutou hoje as práticas que lhe foram imputadas pela Autoridade da Concorrência (AdC), que serviram de base para aplicação de uma multa de 2,7 milhões de euros, adiantando à Lusa que vai recorrer judicialmente.

"A Auchan refuta totalmente as práticas que lhe são imputadas pela Autoridade da Concorrência na decisão final no âmbito do processo contraordenacional", indicou, em resposta à Lusa, garantindo que irá recorrer judicialmente.

A AdC aplicou uma coima global de quase 19,5 milhões de euros ao Auchan, Modelo Continente, Pingo Doce, Beiersdorf e a um responsável desta empresa pela participação num esquema de fixação de preços.

A coima total fixou-se em 19.469.276 euros, sendo que ao Auchan foi aplicada uma multa de 2.660.000 euros.

Fonte oficial da Auchan Retail Portugal sublinhou ainda que a empresa assegura internamente os processos de formação e controlo dos colaboradores para evitar "qualquer tipo de comportamentos que possam resultar na violação das regras de concorrência".

Em comunicado, a AdC disse que através da investigação foi possível apurar que as empresas de distribuição asseguraram o "alinhamento dos preços de retalho" nos supermercados, mediante os contactos estabelecidos através do fornecedor comum, tratando-se assim de uma conspiração "equivalente a um cartel", denominada no direito da concorrência como 'hub-and-spoke'.

A AdC sublinhou que esta prática "elimina a concorrência" e priva os consumidores da opção de melhores preços, enquanto oferece melhores níveis de rentabilidade para a distribuição.

"Em dezembro de 2020, a AdC emitiu a nota de ilicitude relativa a este caso, tendo dado posteriormente a oportunidade a todas as empresas de exercerem os deus direitos de audição e de defesa, o que foi devidamente considerado na decisão final", detalhou.

A Concorrência apurou que a prática durou entre 2011 e 2017, abrangendo produtos da Beiersdorf, como desodorizantes, protetores solares, protetores labiais e cremes de rosto.

A Modelo Continente também já repudiu a multa que lhe foi aplicada e assegurou que vai recorrer aos tribunais.

A Lusa contactou ainda a Jerónimo Martins e a Beiersdorf, mas ainda não obteve resposta.
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