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Até 80 equipas e sem membros permanentes. Dez ideias para a "nova" Superliga Europeia

Depois de a ideia inicial ter lançado o caos no mundo do futebol e gerado contestação por parte dos adeptos, o CEO da A22 Management, promotora da Superliga Europeia, deu a conhecer os dez princípios sobre os quais assenta o projeto. "É hora de fazer mudanças", garante Bernd Reichart.

Mariscal / EPA
09 de Fevereiro de 2023 às 12:20
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A A22 Management, promotora da Superliga Europeia, deu esta quinta-feira a conhecer os "dez princípios" para a competição, reformulando alguns dos pontos que geraram polémica aquando a sua apresentação. A prova foi dada a conhecer como uma alternativa à Liga dos Campeões em 2021, mas mais de um ano depois da sua apresentação pouco ou nada avançou, uma vez que motivou fortes protestos dos adeptos.

"O futebol europeu está à beira do abismo", começou por escrever o CEO da A22, Bernd Reichart (na foto, ao centro), num artigo publicado no El País.

Nos pontos referidos, Reichart aponta que a prova deverá ser aberta a todas as equipas, ao contrário do que foi inicialmente avançado. "A Liga Europeia deverá ser uma competição aberta, com várias divisões, composto por entre 60 a 80 equipas e que permita uma distribuição sustentável de bilhetes ao longo da pirâmide do futebol", refere, acrescentando que não existirão membros permanentes.

Os clubes que participem na competição deverão, tal como acontece atualmente, manter-se comprometidos com as provas e torneios nacionais, devendo, ao mesmo tempo, abordar-se a necessidade de competições mais competitivas em todo o continente.

Outro dos pontos referidos pelo líder da A22 é a melhoria da competitividade com recursos estáveis e sustentáveis. "Os clubes necessitam de maior estabilidade e visibilidades dos seus bilhetes anuais para poderem assumir compromissos a longo prazo, tanto com os jogadores como no desenvolvimento de infraestruturas", realça Reichart, sublinhando que "um melhor e mais atrativos modelo de competição europeia geraria recursos adicionais". O objetivo da Superliga Europeia é garantir que os participantes jogam pelo menos 14 jogos.

O responsável da A22 defende ainda que as competições europeias devem ser governadas pelo próprios clubes e "não por terceiros que beneficiam do sistema sem assumirem riscos". "A estrutura de governação deve cumprir totalmente com a norma da União Europeia", relaça, acrescentando que "as normas de sustentabilidade financeira devem impor um limite ao gasto dos clubes com salários e transferências de jogadores a uma percentagem fixa dos ingressos anuais". 

Bernd Reichart defende ainda uma maior aposta no desenvolvimento do futebol feminino e uma contribuição de "um mínimo de 400 milhões de euros por ano".

"Desde outubro, iniciamos um processo aberto de diálogo, tendo já falado com perto de 50 equipas e outras figuras deste setor", garante o administrador da empresa que lidera o projeto, vincando que "chegou a hora de fazer mudanças".
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