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Associação dos Hotéis avança para tribunal para travar taxa turística em Aveiro

A AHP – Associação da Hotelaria de Portugal decidiu avançar para tribunal para suspender a polémica taxa turística criada pela Câmara Municipal de Aveiro, que está previsto entrar em vigor no próximo dia 23.

16 de Agosto de 2012 às 11:30
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“Os hoteleiros associados da AHP estão dispostos a agir judicialmente para suspender a aplicação desta denominada taxa municipal, que mais não é do que um imposto”, diz a AHP, em comunicado.

Na visão da AHP a taxa é inconstitucional e “a sua aplicação só irá prejudicar o turismo, da região e de Portugal”.

A AHP, em Março, havia formalizado junto da Câmara Municipal de Aveiro (CMA) a sua discordância por escrito, juntando ainda o parecer jurídico que apontava para a ilegalidade do projecto de regulamento, tendo, posteriormente, sido recebida em audiência na CMA e desenvolvido várias diligências junto dos empresários e da autarquia, recordou a associação.

“Foi por isso, com total surpresa, que deparámos com a publicação em Boletim Municipal desta taxa, que seria eficaz em 15 dias úteis!”, afirmou Cristina Siza Vieira, presidente da direcção executiva da AHP, citada em comunicado.

Um euro por noite é quanto vão pagar os turistas em Aveiro a partir do próximo dia 23 de Agosto. Andar de moliceiro também vai ter taxa turística.

Os turistas que visitam Aveiro vão começar a pagar, a partir de 23 de Agosto, até um euro por cada noite de estada em unidades de alojamento do concelho, no âmbito da taxa turística criada pela Câmara Municipal (PSD/CDS-PP).

Os valores da taxa a pagar pelos turistas variam consoante a tipologia do alojamento e vão desde 0,35 euros por quarto e por dormida, no caso de se tratar de estabelecimentos de alojamento local, até um euro, para os hotéis.

Este valor será cobrado pelos estabelecimentos, que deverão inclui-lo na factura referente à estada a apresentar ao cliente.

Entretanto, a Câmara também já enviou a cada uma das unidades de alojamento os formulários que devem ser preenchidos todos os meses com a informação do número de quartos ocupados para calcular a taxa a pagar.


Os hoteleiros temem que este seja o primeiro município a avançar com a taxa, uma vez que Vila Real de Santo António também já manifestou interesse em analisar esta nova tributação. Lisboa também chegou a pensar no assunto, mas foi dissuadida pelos agentes do turismo.



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