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"Aldeia irredutível de gauleses" nasceu há 10 anos em Aveiro

O líder do PCP admitiu que o Governo do PS "decidirá quem é que quer ter como parceiro" na reforma florestal, mas avisou que nem PSD nem CDS têm "soluções boas para a floresta".

CMTV
13 de Julho de 2017 às 22:14
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A empresa foi criada pela Martifer, dos irmãos Carlos e Jorge Martins. Mas quando a dívida da Martifer atingiu os 385 milhões de euros, começou em 2013 a reduzir a sua participação na Prio de forma a diminuir o seu endividamento. A saída da Martifer da Prio ficou fechada em 2016.

Esta operação foi realizada com a Oxy Capital, uma sociedade gestora de capital de risco, detida por 14 entidades financeiras portuguesas, como o Novo Banco, BCP, Caixa Geral de Depósitos, BPI, Montepio, Caixa de Crédito Agrícola, entre outros.

"A Prio começa com a fábrica de biodiesel e o facto de as políticas regulatórias nesta área serem um pouco oscilatórias levou-a a encontrar formas de canalizar a produção da sua fábrica", diz o presidente da Prio. "Uma das primeiras formas que identificou para o fazer foi uma parceria com os grandes hipermercados do Pingo Doce, que eram os Feira Nova. Com esta parceria, o Pingo Doce conseguiu combustíveis de qualidade e baratos, sem ter de investir significativamente nisso e a Prio conseguiu um escoamento para combustíveis e a sua produção da fábrica de biodiesel", explica Pedro Morais Leitão.

O número de postos foi crescendo gradualmente todos os anos: dos 21 postos em 2008 passou para os 245 no final de 2016. A empresa fechou o ano passado com receitas de 708 milhões de euros (mais 17% face a 2015), um EBITDA de 27 milhões de euros (mais 59%) e um lucro de 10 milhões (mais 100%).

O facto de ter apostado cedo em infra-estruturas permite à empresa ir comprar directamente combustível aos mercados internacionais, reduzindo as compras na Galp, a única empresa refinadora em Portugal. "A grande capacidade de armazenagem de gasóleo e gasolina em Aveiro permite ter uma alternativa à entrada de combustíveis em Portugal, servindo para abastecer todos os postos da Prio", aponta Morais Leitão.

A empresa completa 10 anos de existência este ano. E apesar de já se bater com as grandes petrolíferas no mercado nacional (BP, Repsol, Galp e Cepsa), continua a sentir-se como a "aldeia gaulesa do Astérix", mantendo-se "irredutível perante as forças invasoras. Uma empresa com 10 anos concorrer com estes quatro concorrentes é já de si uma proeza", afirma o responsável.

Para o futuro, a Prio "vai continuar a ser uma empresa independente e competitiva face a todos os operadores de combustíveis, com mais capacidade de armazenamento". "Vamos continuar a ser um operador incontornável no mercado português", garante Pedro Morais Leitão.
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