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AG da Brisa aprova desblindagem de estatutos
A AG da Brisa aprovou hoje a desblindagem de estatutos da empresa, que impedia os accionistas de votar com mais de 5% dos direitos de voto nas AG's da concessionária, disse ao Negocios.pt um accionista à saída da reunião.
«Os accionistas votaram hoje a favor da desblindagem de estatutos», adiantou o referido accionista ao Negocios.pt, sublinhando que esta proposta foi aprovada por maioria.
Esta desblindagem pode levar a um aumento do interesse na concessionária liderada por Van Hoof Ribeiro, segundo fontes do sector.
Valor máximo de obrigações a emitir passa para 600 milhõesA reunião de accionistas da Brisa [BRISA] votou favoravelmente a alteração do valor máximo de obrigações a emitir pela Brisa, que passou dos anteriores 200 milhões de euros (40 milhões de contos) para os 600 milhões de euros (120 milhões de contos). Na proposta apresentada aos accionistas, a administração da empresa justifica esta alteração pelas «necessidades de cobertura financeira dos investimentos em curso».
Entre os investimentos que estão a ser desenvolvidos pela empresa, Van Hoof Riberiro destacou, à saída da AG, os projectos no Brasil, particularmente devido «ao enorme potencial de concessões de auto-estradas» naquele país.
AG aprova aumento de capital por incorporação de reservasO aumento de capital da empresa, de 300 milhões (60 milhões de contos) para os 600 milhões de euros (120 milhões de contos), que era um dos pontos da ordem de trabalhos da AG, foi também aprovado pelos accionistas.
Este aumento de capital por incorporação de reservas dará à Brisa «uma maior capacidade (negocial) perante os bancos», disse Van Hoof Ribeiro aos jornalistas, à saída da AG.
O presidente da Brisa acrescentou ainda que com esta incorporação de reservas servirá também «para aumentar a liquidez das acções da Brisa na Bolsa», uma vez que cada accionista receberá uma acção nova por cada título detido.
A AG votou ainda favoravelmente a eleição de Vasco Vieira de Almeida para o cargo de presidente da mesa da AG, em substituição de Miguel Galvão Telles, que havia sido proposto pela Parpública, que já não está representada directamente no capital da Brisa, após a última fase de privatização da empresa, segundo adiantou um accionista à saída da AG.
«O novo presidente da mesa da AG foi proposto pelo accionista José de Mello», de acordo com o mesmo accionista.
O Grupo José de Mello Investimentos é o maior accionista de referência da concessionária de auto-estradas ao deter uma participação de 11,2%, através de uma posição directa de 9,13% e, por via do BPI, de 2,07%.
O Grupo Banco Comercial Português (BCP) [BCP] detém uma participação de 5,71% do capital da Brisa, enquanto o Banco Português de Investimento [BPIN] é titular uma posição directa de 8,69%, nos quais não se inclui a posição acima referida.
A accionista Window Blue detém uma participação de 4,92% do capital da Brisa.
As acções da Brisa seguiam a ganhar 1,05% para os 10,62 euros (2.129 escudos).