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Acionistas da Petrobras aprovam destituição do presidente Castello Branco

O novo Conselho terá a responsabilidade de eleger o próximo presidente da maior empresa do Brasil, que tem ações nas bolsas de valores de São Paulo, Nova Iorque e Madrid, apesar de ser controlada pelo Estado.

Bloomberg
13 de Abril de 2021 às 00:51
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Os acionistas da estatal brasileira Petrobras aprovaram na segunda-feira a destituição do presidente, Roberto Castello Branco, do cargo no Conselho de Administração, naquele que é o primeiro passo para a eleição de uma nova direção da companhia.

A substituição de Castello Branco pelo general da reserva do Exército Joaquim Silva e Luna, na presidência da petrolífera Petrobras foi proposta em fevereiro último pelo chefe de Estado do Brasil, Jair Bolsonaro, e deve ser ratificada na assembleia geral que começou na segunda-feira de forma virtual.

Além de Castello Branco, foram destituídos outros sete membros do Conselho de Administração, cujos substitutos deverão ser decididos na reunião, que se prolongará pela noite de segunda-feira no país sul-americano.

O novo Conselho terá a responsabilidade de eleger o próximo presidente da maior empresa do Brasil, que tem ações nas bolsas de valores de São Paulo, Nova Iorque e Madrid, apesar de ser controlada pelo Estado.

Ao Governo, na qualidade de acionista maioritário da petrolífera, compete a designação de sete dos 11 membros do Conselho de Administração, entre os quais foi nomeado o ex-ministro da Defesa Silva e Luna.

Bolsonaro propôs Silva e Luna como novo presidente da estatal, decisão que surpreendeu o mercado, provocou uma grave crise e a queda das ações da companhia.

A decisão de nomear um militar para a direção dessa empresa estratégica surgiu dias após o chefe de Estado criticar a política de preços da atual administração da Petrobras e gerou temores de que o líder da extrema-direita brasileira pretendesse intervir na companhia e abandonar a sua política liberal.

Bolsonaro, capitão da reserva do Exército, cedeu assim às pressões do setor dos camionistas, que ameaçavam com uma nova greve como a que paralisou o país em maio de 2018 caso os preços dos combustíveis continuassem a aumentar.
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