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Acções da Fiat caem 3,55% com demissão de presidente executivo
As acções da Fiat caíram hoje um máximo de 3,55% depois de Giuseppe Morchio se ter demitido do cargo de presidente executivo da maior fabricante de automóveis italiana.
As acções da Fiat caíram hoje um máximo de 3,55% depois de Giuseppe Morchio se ter demitido do cargo de presidente executivo da maior fabricante de automóveis italiana.
Segundo a mesma fonte, as acções da empresa caíram até 3,55% para os 5,59 euros logo após o início da sua negociação.
Giuseppe Morchio, de 56 anos, demitiu-se depois da Fiat ter nomeado Luca Cordero di Montezemolo – presidente da Ferrari – também de 56 anos, o novo presidente da Fiat, substituindo, assim, Umberto Agnelli que morreu na sexta-feira.
O conselho de administração reúne-se amanhã em Turim, na Itália, para encontrarem um substituto para Morchio, que disse ontem, à agência Ansa, que a sua demissão foi motivada «pela mudança de condições efectuada pelo conselho de administração da empresa».
Os jornais italianos, nomeadamente o «La Stampa», avançam hoje que Morchio queria ser nomeado presidente da empresa controlada pela família Agnelli.
Umberto Agnelli, presidente da Fiat, morreu sexta-feira de cancro, 15 meses depois de ter assumido as operações da empresa italiana, altura em substituiu o seu irmão, Giovanni Agnelli, que tinha falecido um mês antes. Umberto Agnelli não tinha sucessor directo na família que controla 30% da Fiat.
Umberto tinha 69 anos e morreu na sua casa em Mandria perto de Turim, «durante a noite», disse o porta-voz da Fiat, Raffaello Porro, citado pela Bloomberg. O empresário foi eleito presidente da empresa em Fevereiro de 2003, um mês depois do seu irmão Giovani ter morrido, tendo elaborado um plano para fazer empresa italiana – que estava a perder dinheiro desde 2001 – voltar aos lucros.
No dia em que o presidente da Fiat morreu, os investidores, nomeadamente Mário Spreafico do Banknord Gepafi Sim, apontavam o advogado da família Agnelli, Franzo Grande Stevens, de 76 anos como uma forte possibilidade, tendo também referido que o nomeado, Luca Cordero di Montezemolo seria uma hipótese.
«O novo presidente terá que ser alguém com autoridade na indústria italiana e será provavelmente alguém ligado à família», explicou Spreafico na altura, não colocando de parte a possibilidade do presidente executivo poder ser nomeado presidente acumulando, assim, funções como presidente e presidente executivo.
As acções da Fiat seguiam agora a cair 2% para os 5,68 euros.