"A OPA mostra que a economia portuguesa continua a inspirar confiança a muitos investidores. Os indicadores da actividade económica mostram que houve um abrandamento e até uma pequena inversão de alguns dos piores indicadores que tínhamos", afirmou o ministro, à margem da cerimónia de abertura de uma das lojas do Grupo Alicoop/Alisuper, que foi adquirido pelo Grupo Nogueira na sequência de um processo de insolvência iniciado em 2009.



"A OPA ao grupo Brisa mostra que há interesses nas nossas empresas e que os investidores estão despostos a investir na economia portuguesa", considerou o governante.



O grupo José de Mello e a Arcus lançaram hoje uma Oferta Pública de Aquisição (OPA) sobre a totalidade do capital da Brisa que visa "responder à crise" e reforçar a estabilidade accionista da concessionária.



A OPA, anunciada esta tarde depois do fecho do mercado, representa um investimento de 700 milhões de euros, disse hoje, em conferência de imprensa, o presidente do grupo José de Mello, Vasco de Mello.



Para concretizarem a operação, a Arcus e a José de Mello, que detém uma posição que, em conjunto, representa 53,7 por cento dos direitos de voto na Brisa, constituíram um veículo comum (detido em 55 por cento pela José de Mello e em 45 por cento pelo fundo Arcus).



A Arcus e a José de Mello oferecem 2,66 euros por acção, o que corresponde a um prémio de 8,64 por cento face à cotação média ponderada dos últimos seis meses e de 13,38 por cento face à actual cotação da acção.



O presidente do grupo José de Mello afirmou que "não há qualquer margem" para subir o valor oferecido, considerando que "o preço reflecte o valor" da Brisa.



Vasco de Mello disse que a OPA é "antes de mais uma resposta à crise", sendo também uma "prova de vitalidade e do dinamismo" do grupo José de Mello.