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Sporting: Conselho de Disciplina da Federação de Andebol abre inquérito

O Conselho de Disciplina (CD) da Federação de Andebol de Portugal (FAP) anunciou hoje a abertura de um "processo de inquérito", após pedido da direcção, sobre os alegados actos de corrupção de equipas de arbitragem pelo Sporting.

Cofina Media
18 de Maio de 2018 às 21:01
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"Para a realização das averiguações necessárias ao esclarecimento desses indícios, determinou o Conselho de Disciplina a abertura de processo de inquérito", pode ler-se num comunicado daquele órgão.

 

Na terça-feira, a FAP tinha anunciado remeter o processo para o CD para "o apuramento de eventuais responsabilidades de natureza disciplinar".

 

Numa entrevista ao jornal Correio da Manhã, publicada na terça-feira, o empresário Paulo Silva confessava ter alinhado num esquema de corrupção, subornando árbitros para favorecer o Sporting no campeonato nacional de andebol de 2016/17, no qual os 'leões' se sagraram campeões.

 

No âmbito desta investigação, alargada ao futebol, o Ministério Público constituiu sete arguidos, incluindo André Geraldes (na foto), director para o futebol do Sporting, que ficou em liberdade mediante pagamento de uma caução de 60 mil euros, os empresários Paulo Silva e João Gonçalves, e Gonçalo Rodrigues, também funcionário do clube.

 

Segundo aquele jornal, o alegado esquema de corrupção no andebol envolvia "a compra de equipas de arbitragem, quer para os 'leões' ganharem, quer para o FC Porto, com o qual disputaram o campeonato até ao fim, perder" e abrangeu a época de 2016/17.

 

O CM cita conversas e trocas de mensagens de voz entre empresários, na aplicação da internet WhatsApp, e que segundo o jornal "mostram como André Geraldes, hoje director de futebol do Sporting, coordenava toda a batota".

 

O jornal publicou ainda uma entrevista com o empresário Paulo Silva, alegadamente intermediário em todo o esquema, que fala em "fraude nas modalidades", confessa ter alinhado no esquema de corrupção "ao serviço do seu clube do coração [Sporting]" e diz que recebia 350 euros por cada árbitro de andebol que corrompia.

 

Paralelamente, a equipa de futebol foi atacada na academia de Alcochete antes do primeiro treino para a final da Taça de Portugal, em que o Sporting defronta o Desportivo das Aves, por um grupo de cerca de 50 alegados adeptos encapuzados, que agrediram técnicos e jogadores. A GNR deteve 23 dos atacantes.

 

O cenário agravou-se com as demissões na quinta-feira da Mesa da Assembleia-Geral, em bloco, e da maioria dos membros do Conselho Fiscal e Disciplinar, instando o presidente do Sporting a seguir o seu exemplo, mas Bruno de Carvalho anunciou ao fim do dia que se irá manter no cargo.

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