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Sem Félix nem "Champions", lucros da Benfica SAD caem 92% no primeiro semestre

A SAD do Benfica registou 8,2 milhões de euros de lucro na primeira metade do exercício 2020/21, uma queda de 92,1% influenciada pela inclusão, no período homólogo, da transferência por 126 milhões de João Félix para o Atlético de Madrid e pela não presença este ano na fase de grupos da Liga dos Campeões.

Apesar dos maus resultados desportivos nas últimas jornadas, a SAD liderada por Luís Filipe Vieira acredita no sucesso da emissão obrigacionista.
Miguel A. Lopes/Lusa
26 de Fevereiro de 2021 às 21:02
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A SAD do Benfica obteve 8,2 milhões de euros de lucro no primeiro semestre da época 2020-21, o que representa uma queda de 92,1% face a igual período do exercício anterior. Esta descida é em grande parte explicada pela transferência de João Félix por 126 milhões de euros para o Atlético de Madrid na primeira metade da temporada anterior.

Em comunicado enviado esta sexta-feira à CMVM, a SAD "encarnada" indica que os rendimentos operacionais excluindo as transações de jogadores foram de 53,5 milhões de euros, menos 47,5% do que os 101,9 milhões de um ano antes. Já as receitas com as transferências caíram 43,4%, para 77,5 milhões de euros.

A quebra nas receitas operacionais excluindo transferências decorrem "essencialmente" da
"inexistência de receitas com match-day devido à realização de jogos sem público e pela redução dos
rendimentos com prémios distribuídos pela UEFA", devido à não qualificação para a fase de grupos da Liga dos Campeões.

Já nos rendimentos com transações de direitos desportivos de jogadores, a SAD destaca o contributo da "transferência do jogador Rúben Dias para o Manchester City, que apesar de não ter atingido os valores da alienação dos direitos do jogador João Félix no período homólogo, representou uma mais valia significativa".

O ativo da SAD aumentou 22% face a 30 de junho de 2020, ascendendo a 594,4 milhões de euros, influenciada pela inclusão dos jogadores contratados, uma vez que os atletas formados no clube são contabilizados com valores residuais ou nulos.

Já o passivo atingiu os 425 milhões de euros, mais 30,4% do que seis meses antes, o que, refere a SAD, é "justificado pelo aumento das rubricas de fornecedores e outros credores, devido aos investimentos realizados no plantel de futebol, e das rubricas de empréstimos obtidos, na sequência da emissão de um novo empréstimo obrigacionista".

A dívida líquida cifrava-se, a 31 de dezembro, em 116 milhões de euros, mas a SAD das "águias" sublinha que "apesar de representar um aumento de 23,2 milhões de euros face ao final do exercício transato, corresponde ao segundo valor mais baixo na última década".

Já o capital próprio cresceu 5,1%, para 169,4 milhões de euros, graças ao lucro registado no semestre.

A SAD indica ainda que as comissões pagas aos agentes desportivos pela alienação dos direitos de jogadores somou 5,1 milhões de euros, o que representa 7% dos proveitos alcançados com as transferências.
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