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Rio2016: Bolt consegue o que ninguém fizera, o terceiro título nos 100 metros

O jamaicano Usain Bolt reforçou no domingo o seu lugar na história dos Jogos Olímpicos, conquistando pela terceira vez a medalha de ouro nos 100 metros na final do Rio2016, um feito que ainda ninguém tinha conseguido.

15 de Agosto de 2016 às 07:32
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O triplo ouro de Bolt deixou para 'segundo plano' feitos tão notáveis como o fantástico novo recorde do mundo dos 400 metros, do sul-africano Wayde van Niekerk, a terceira vitória da norte-americana Simone Biles na ginástica ou ainda a bem sucedida defesa do título do ténis, pelo escocês Andy Murray, após uma 'maratona' de quatro horas.

 

Até hoje, apenas dois atletas tinham conseguido repetir o triunfo dos 100 metros em finais dos Jogos - o próprio Bolt e o norte-americano Carl Lewis.

 

Agora, o jamaicano fica sozinho no topo da modalidade, com uma sequência de vitórias (Pequim2008, Londres2012 e Rio2016) que parece praticamente impossível de superar.

 

A menos de uma semana de fazer 30 anos, Bolt sabe que não é crível mais um ciclo olímpico a este nível e prepara-se no Rio de Janeiro para melhorar ainda mais o seu palmarés, apontando agora ao triplo triunfo nos 200 metros.

 

Como tem sido timbre nos últimos anos, Bolt 'escondeu-se' ao longo da época, para aparecer fulgurante a meio de agosto, com um melhor registo do ano, a 9,81 segundos, numa vitória que só se 'desenhou' na segunda parte do hectómetro.

 

Com efeito, o norte-americano Justin Gatlin partiu melhor e chegou a dar a sensação de que ia ganhar, mas depois viu o 'torpedo' Bolt passar e ficou em segundo, com 9,89, à frente do canadiano Andre de Grasse (9,91).

 

Uma das primeiras coisas que Bolt fez depois de ganhar foi procurar, já na zona mista, Wayde van Niekert para o felicitar pela 'marca canhão' de 43,03 segundos nos 400 metros. Apesar de mais novo, com 24 anos, o sul-africano cruzou-se várias vezes com Bolt nos 200 metros, prova em que ambos são também corredores de topo.

 

A uni-los, o curioso facto de terem retirado da lista de recordes o lendário norte-americano Michael Johnson - Bolt fê-lo nos 200 metros, nos anteriores Jogos Olímpicos.

 

Van Niekert 'destroçou' por 15 centésimos um recorde que já tinha 17 anos, conseguindo assim um dos melhores registos do atletismo no século XXI.

 

As finais de 100 e 400 metros masculinos acabaram por deixar para segundo plano uma grande final do triplo feminino, vencida pela colombiana Caterine Ibarguen, com 15,17 metros, melhor marca mundial do ano.

 

No ténis, foi preciso esperar mais de quatro horas para que se definisse o desfecho da final entre o britânico Andy Murray e o argentino Juan Martin del Potro.

 

Murray tornou-se no primeiro tenista a conservar o título, mas Del Potro, que no torneio afastou o sérvio Novak Djokovik e o espanhol Rafael Nadal, deu-lhe muito que fazer, o que é bem comprovado pelo tempo total e pelos parciais registados, de 7-5, 4-6, 6-2 e 7-5, com constantes quebras de serviço.

 

O ténis coroou também mais dois pares, na sua jornada final: as russas Ekaterina Makarova e Elena Vesnina em pares femininos, e os norte-americanos Bethanie Mattek-Sands e Jack Sock, em pares mistos.

 

Numa jornada bastante rica em feitos de excepção, a norte-americana Simone Biles conquistou a terceira medalha de ouro na ginástica e continua na rota para as inéditas cinco.

 

Depois de ajudar os Estados Unidos no triunfo colectivo e de conquistar o concurso completo individual, Biles foi a melhor no salto de cavalo e promete seguir, na próxima jornada, para o ouro no solo e na trave, para um total de cinco em seis triunfos, o que nunca foi conseguido.

 

A jovem texana de 19 anos, primeira afro-americana a sagrar-se campeã, chegou aos 15,966 na final de aparelho de hoje, bem à frente da russa Maria Paseka (15,242).

 

Se conseguir o desejado 'penta' num ano, deixa para trás figuras lendárias como a soviética Larissa Latynina, a checoslovaca Vera Caslaska e a romena Ecaterina Szabo.

 

Biles só deixou escapar uma das finais por aparelhos, as paralelas assimétricas, que ficaram para a russa Alya Mustafina, a revalidar assim o seu título olímpico e a conseguir a sétima medalha da carreira.

 

Em grande esteve, também, o britânico Max Whitlock, que depois de ser medalha de bronze no 'all around' arrecadou duas medalhas de ouro, no solo e cavalo com arções. No primeiro aparelho, o japonês Kohei Uchimura, campeão por equipa e no concurso completo individual, falhou a terceira medalha de ouro.

 

Ainda no atletismo, correu-se de manhã a maratona feminina, uma prova em que as condições climatéricas afectaram de forma séria o aparecimento de bons resultados.

 

Prova mais imprevisível do que as corridas no estádio, a maratona olímpica teve vencedora queniana, Jemima Jelagat Sumgong. Apesar de ser a grande potência mundial nas provas de fundo, a par da Etiópia, esta foi a primeira vez que o Quénia ganhou a este nível.

 

Sumgong não era exactamente uma desconhecida - foi quarta no último Mundial - mas não estava na primeira linha de apostas, batendo na parte final da corrida atletas mais cotadas como Eunice Kirwa, do Bahrain, a terceira do Mundial, e sobretudo a etíope Mare Dibaba, campeã mundial, hoje respectivamente segunda e terceira.

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