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Horta Osório: O que aconteceu no Sporting "é vergonhoso" e "responsabilidades devem ser apuradas rapidamente"

Para Horta Osório, simpatizante do Sporting, os acontecimentos violentos em Alcochete são lamentáveis e inaceitáveis.

Bloomberg
17 de Maio de 2018 às 18:47
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O presidente executivo do Lloyds, António Horta Osório, exigiu hoje em Lisboa que as responsabilidades pelos incidentes violentos que ocorreram na academia do Sporting na terça-feira seja apuradas rapidamente.

 

"Eu vejo isto com muita preocupação e com muita pena. Isto é vergonhoso e só espero que as responsabilidades sejam apuradas rapidamente e que haja as devidas consequências para ficar absolutamente claro que este tipo de comportamentos não reflecte a maioria dos sportinguistas, nem a maioria dos portugueses", afirmou Horta Osório.

 

O presidente do Conselho de Administração do Lloyds Bank falava aos jornalistas à margem da conferência 'Perspetivas Económicas para Portugal e Zona Euro - Desafios do Brexit' que decorreu em Lisboa, mas que foi fechada à comunicação social.

 

Para Horta Osório, simpatizante do Sporting, os acontecimentos violentos em Alcochete são lamentáveis e inaceitáveis.

 

"Estes comportamentos de violência devem ser absolutamente banidos e devem ter as devidas consequências para ficar claro que não devem acontecer e devem apurar-se responsabilidades rapidamente", insistiu.

 

A polémica que envolve o Sporting agravou-se nos últimos dias, depois da derrota da equipa de futebol no domingo, no último jogo da I Liga de futebol, frente ao Marítimo, que fez o clube de Alvalade perder o segundo lugar para o Benfica.

 

Antes do primeiro treino para a final da Taça de Portugal, que vai disputar com o Desportivo das Aves, a equipa de futebol foi atacada na Academia Sporting, em Alcochete, na terça-feira, por um grupo de cerca de 50 alegados adeptos encapuzados, que agrediram técnicos e jogadores.

 

A GNR deteve 23 dos atacantes e as reacções de condenação do ataque foram generalizadas e abrangeram o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, o presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, e o primeiro-ministro, António Costa.

 

Face às críticas, Bruno de Carvalho negou hoje, em comunicado enviado à Lusa, qualquer responsabilidade pelo ataque na academia, rejeitou demitir-se da presidência do Sporting e anunciou que vai processar Ferro Rodrigues, bem como comentadores e jornalistas por o terem "difamado e caluniado" após os actos de violência em Alcochete.

 

Entretanto, a Mesa da Assembleia-Geral demitiu-se em bloco, vários membros do Conselho Fiscal e Disciplinar renunciaram aos cargos e parte do Conselho Directivo também se afastou, enquanto o empresário Álvaro Sobrinho, patrão da Holdimo, detentora de 30% das acções da SAD do Sporting, pediu a demissão da direcção.

 

Paralelamente, a Polícia Judiciária deteve quatro pessoas ligadas ao Sporting na quarta-feira, incluindo o director desportivo do futebol, André Geraldes, na sequência de denúncias de alegada corrupção em jogos de andebol e de futebol.

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