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Bilionário não consegue vender equipa de futebol inglesa

Mais uma época, mais uma tentativa mal-sucedida de vender um dos últimos grandes clubes disponíveis na liga de futebol mais cara do mundo. Mas a dificuldade em fechar negócio pelo Newcastle United pode ter mais a ver com o dono, um bilionário do setor do retalho, do que com o próprio ativo.

Reuters
17 de Fevereiro de 2019 às 17:00
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Mike Ashley é um comprador em série que está a deitar as mãos a conhecidos nomes britânicos do setor do retalho, como a Evans Cycles e a rede de lojas House of Fraser, juntamente com uma participação na concorrente Debenhams. A sua empresa, a Sports Direct International, anunciou a 8 de fevereiro que apresentou uma oferta pela falida Patisserie Valerie, uma proposta que depois terá sido abandonada, segundo noticiou o Financial Times.

Por outro lado, houve poucos desinvestimentos consideráveis. Dos mais de 30 negócios fechados pela Sports Direct, apenas dois foram vendas, segundo dados compilados pela Bloomberg. Entre eles estão a venda da marca desportiva Dunlop à japonesa Sumitomo Rubber Industries por 137,5 milhões de dólares, concluída em 2017.

Os potenciais compradores dizem que é complicado negociar com o empresário, sobretudo porque Mike Ashley costuma suspeitar das condições das ofertas, segundo duas pessoas envolvidas em tentativas de compras nos últimos dois anos.

Ashley, de 54 anos, também é famoso pelas suas técnicas informais. Uma ação judicial aberta em 2017 por um antigo executivo do setor financeiro incluiu detalhes chocantes de competições de bebidas.

O empresário assumiu o controlo do Newcastle, da Premier League, por 134 milhões de libras (172 milhões de dólares) em 2007. E colocou o clube à venda pela primeira vez em 2008 porque os adeptos da equipa do nordeste de Inglaterra se voltaram rapidamente contra ele após a saída de Kevin Keegan, uma lenda do clube, do cargo de diretor desportivo. Não apareceu nenhum comprador.

Ao longo dos anos, foram frequentes os rumores sobre venda, mas nenhum se concretizou. Depois vieram as tentativas mais recentes, que começaram no segundo semestre de 2017 com um preço de cerca de 400 milhões de libras. Mas nos últimos dias as negociações foram interrompidas, segundo pessoas próximas do clube.

"Ele é muito determinado e um comprador agressivo de ativos comerciais, sendo que nem todos tiveram sucesso", disse Clive Black, diretor da Shore Capital. "Mas quando se trata de vender, ele parece ter dificuldades em desprender-se e põe preços na cabeça que não aceita reduzir".

O clube foi classificado recentemente como a 19ª equipa mais rica da Europa em termos de receita pela empresa de serviços profissionais Deloitte.

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