A Mota-Engil integra o consórcio que está em negociações com o Governo do Quénia para construir uma barragem que será um dos maiores reservatórios de água de África, adianta a Bloomberg. O projeto tem um custo estimado de 2,72 mil milhões de euros, em regime de parceria público-privada (PPP), e deverá arrancar no final de 2025.

A barragem de High Grand Falls terá um volume estimado de 5,6 mil milhões de metros cúbicos, o que permite regar quase 162 mil hectares de terreno. O consórcio de que faz parte a Mota-Engil é liderado pela GMB Minerals Engineering Consultans. Também a empresa britânica PJA e a turca Kolin fazem parte desse mesmo consórcio.

Além da construção desta barragem, o consórcio liderado pela GMB Minerals Engineering Consultans vai também instalar uma central hidroelétrica com capacidade para gerar perto de 1.000 megawatts, segundo informação avançada pelo Governo do Quénia à agência Bloomberg. 

Às empresas que integram o consórcio, o Governo do Quénia vai dar uma concessão de 30 anos para que elas possam recuperar o investimento feito na construção destas infraestruturas.

Este é o segundo maior projeto de construção de infraestruturas a ser fechado entre as autoridades quenianas e empresas estrangeiras, ficando apenas atrás da ligação ferroviária entre o porto de Mombasa e a cidade de Naivasha, no valor de 4,7 mil milhões de euros. Essa obra foi construída com base em investimento chinês.

A intenção do presidente queniano, William Ruto, é construir uma centena de barragens no país com recurso a PPP. A barragem de High Grand Falls cruzará o maior rio do Quénia, o Tana, e ajudará a enfrentar os "desafios perenes de segurança alimentar, água para uso doméstico e energia", segundo revelou o Governo do país.