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Mota-Engil fatura 4 mil milhões até setembro, mais do que em todo o ano passado

O grupo registou lucros de 51 milhões até setembro, que equivale ao seu melhor resultado líquido anual da última década. A carteira de encomendas bateu novo recorde de 13,6 mil milhões de euros.

Carlos Mota Santos passou este ano a ser CEO da Mota-Engil.
João Cortesão
14 de Novembro de 2023 às 00:04
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A Mota-Engil ultrapassou nos primeiros nove meses deste ano os 4 mil milhões de euros de volume de negócios, um valor que representa um crescimento de 66% face ao período homólogo, e que supera a faturação de todo o ano de 2022.

O grupo liderado por Carlos Mota dos Santos (na foto) registou até setembro lucros de 51 milhões de euros, o que supera igualmente o resultado líquido de 41 milhões apresentado no conjunto do ano passado e que "equivale ao melhor resultado líquido anual alcançado nos últimos 10 anos".

A construtora, que voltou agora a apresentar contas trimestrais, refere ainda que reforçou a sua carteira de encomendas para um novo recorde de 13,6 mil milhões de euros, mais mil milhões de euros face a junho, e que não inclui a mais recente adjudicação no Brasil de um contrato de "oil & gás" para a Petrobras.

Este valor, frisa, demonstra "capacidade de renovação do seu portefólio, focado principalmente nos seus mercados core", e reforça "as perspetivas de manter em 2024 a sua atividade em patamares historicamente elevados e alinhados com os objetivos de crescimento e rentabilidade estabelecidos no Plano Estratégico até 2026".

Segundo refere na apresentação de contas, os mercados core somam 10,6 mil milhões de euros das obras em carteira, com o México a representar 29% da carteira total, seguido pela Nigéria (19%) e por Angola (14%).

 

América Latina cresce 129%

Para o volume de negócios de 4.015 milhões de euros até setembro, o segmento de engenharia e construção contribuiu com 3.524 milhões (mais 73% em termos homólogos). Já no ambiente a faturação aumentou 26% para 452 milhões.


Por geografia, a América Latina protagonizou um crescimento de 129%, atingindo um volume de negócios de 1.975 milhões de euros.

Na Europa a atividade do grupo aumentou 30% até setembro para 498 milhões de euros e em África 31% para 1.056 milhões.


A Mota-Engil mantém a meta de alcançar no final do ano, e pela primeira vez na sua história, mais de 5 mil milhões de euros de faturação.

Até setembro o EBITDA somou 551 milhões de euros, 56% acima do registado no mesmo período de 2022.


Relativamente ao desempenho financeiro, e recordando ser um dos principais objetivos do grupo o reforço do balanço, a Mota-Engil anunciou rácios de dívida líquida/EBITDA e dívida bruta/EBITDA abaixo de 2x e de 4x, respetivamente, objetivos que estabeleceu no seu plano estratégico para 2026.

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