Notícia
Custo da mão de obra na construção com maior subida desde 2006
Nos 12 meses terminados em outubro, o custo da mão de obra no setor da construção civil aumentou 4,5%, o que representa a subida mais expressiva desde 2006.
A subida dos custos com a mão de obra na construção estão a acelerar em 2019. A variação média dos 12 meses terminados em outubro fixou-se em 4,5%, o valor mais elevado desde agosto de 2006 (4,6%), de acordo com os dados divulgados esta segunda-feira, 9 de dezembro, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
Tal como explica o INE, a média móvel dos doze meses "é menos sensível a alterações esporádicas dos índices produzidos" pelo que permite ver a tendência deste indicador. Os dados, que constam do Índice de Custos de Construção de Habitação Nova, são corrigidos de sazonalidade.
Este crescimento do custo com a mão de obra acontece num contexto de subida do salário mínimo nos últimos anos, inclusive em 2019. Este fator é importante na construção uma vez que cerca de um quarto (25%) dos trabalhadores do setor aufere o salário mínimo.
Já no ano passado os dados mostravam que o setor da construção estava entre os setores onde os custos salariais mais aumentaram em termos percentuais. Isto aconteceu numa altura em que o número de desempregados do setor baixou significativamente de mais de 20% durante a crise para pouco mais de 10% no ano passado.
Ainda assim, os empresários do setor têm vindo a queixar-se da falta de mão de obra. Há um ano, António Mota, dono da Mota-Engil, empresa com negócios em vários países no setor da construção - um dos afetados pela falta de mão de obra - confessava que "falta pessoal e está-se a importar mão de obra de várias origens".
Em junho deste ano, o sindicato do setor anunciou que quer negociar um novo contrato coletivo de trabalho, exigindo que o salário base dos operários qualificados passe dos atuais 606 euros para os 900 euros.
Custos de construção de habitação nova sobem 2,3% em outubro
Focando a análise no mês em questão, outubro, os custos de construção subiram 2,3%, a mesmo variação registada em setembro. "O preço dos materiais e o custo da mão de obra apresentaram, respetivamente, variações de 0,3% e de 5,1% face ao período homólogo", nota o INE.
O aumento do custo da mão de obra de 5,1% em outubro, em termos homólogos, é o mais elevado desde julho de 2018 (5,1%). Após esse mês, é preciso recuar a 2005 para ver aumentos superiores.
O índice dos custos de construção, que junta o custo dos materiais e da mão de obra, fixou-se nos 108,01 pontos (base=100 em 2015), abaixo do pico alcançado em 2010 (108,97 pontos). Desde 2015 que o índice tem vindo a subir, como é visível no gráfico seguinte.
Tal como explica o INE, a média móvel dos doze meses "é menos sensível a alterações esporádicas dos índices produzidos" pelo que permite ver a tendência deste indicador. Os dados, que constam do Índice de Custos de Construção de Habitação Nova, são corrigidos de sazonalidade.
Já no ano passado os dados mostravam que o setor da construção estava entre os setores onde os custos salariais mais aumentaram em termos percentuais. Isto aconteceu numa altura em que o número de desempregados do setor baixou significativamente de mais de 20% durante a crise para pouco mais de 10% no ano passado.
Ainda assim, os empresários do setor têm vindo a queixar-se da falta de mão de obra. Há um ano, António Mota, dono da Mota-Engil, empresa com negócios em vários países no setor da construção - um dos afetados pela falta de mão de obra - confessava que "falta pessoal e está-se a importar mão de obra de várias origens".
Em junho deste ano, o sindicato do setor anunciou que quer negociar um novo contrato coletivo de trabalho, exigindo que o salário base dos operários qualificados passe dos atuais 606 euros para os 900 euros.
Custos de construção de habitação nova sobem 2,3% em outubro
Focando a análise no mês em questão, outubro, os custos de construção subiram 2,3%, a mesmo variação registada em setembro. "O preço dos materiais e o custo da mão de obra apresentaram, respetivamente, variações de 0,3% e de 5,1% face ao período homólogo", nota o INE.
O aumento do custo da mão de obra de 5,1% em outubro, em termos homólogos, é o mais elevado desde julho de 2018 (5,1%). Após esse mês, é preciso recuar a 2005 para ver aumentos superiores.
O índice dos custos de construção, que junta o custo dos materiais e da mão de obra, fixou-se nos 108,01 pontos (base=100 em 2015), abaixo do pico alcançado em 2010 (108,97 pontos). Desde 2015 que o índice tem vindo a subir, como é visível no gráfico seguinte.