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Autoridade da Concorrência pede que Orçamento altere regras para recrutamento
Margarida Matos Rosa, no Parlamento, lamentou a morosidade que a cadeia de autorizações ministeriais introduz no processo de recrutamento de pessoal.
Margarida Matos Rosa, presidente da Autoridade da Concorrência, fez um apelo aos deputados para que em sede de aprovação da lei do Orçamento do Estado e no âmbito da lei da execução orçamental se alterem as regras para os supervisores não tenham amarras nos processos de recrutamento de pessoal.
Segundo explicou Margarida Matos Rosa, o recrutamento para a Autoridade da Concorrência pode demorar um ano com as necessárias aprovações e autorizações exigidas, no seu caso, por dois ministérios: Economia, a tutela, e Finanças.
A cadeia de autorizações necessárias, concretizou, torna o processo de recrutamento "demasiado lento para substituir pessoas. Pode demorar mais de um ano".
Atualmente a AdC tem 90 pessoas (incluindo os três elementos da administração), mas o quadro de pessoa previsto é de 115. "Gostaríamos de atingir a totalidade prevista neste quadro", mas enfatizou a necessidade de que sejam "agilizados os procedimentos".
A cadeia de autorizações tem "muito impacto na gestão" e "não é compatível com necessidades. Preocupa-me".
Admitiu que "os recursos são muito escassos". E deu como exemplo o seu departamento jurídico e de contencioso, que tem "cinco a seis heroínas", pois é este quadro que assegura todos os processos jurídicos, e judiciais com inúmeras empresas em tribunal. Só no cartel da banca - exemplificou - são 14 empresas. E acrescentou a taxa de sucesso nos processos em tribunal nos últimos três a quatro anos anda na ordem dos 85/90%. "Acho que estamos bem".