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Retalho no Reino Unido com inesperada subida nas vendas no mês de agosto
Esperava-se nova descida no saldo, mas foi relatado o mês mais forte em nove meses. Os apoios do governo terão contribuido.
Contra todas as expetativas, os retalhistas do Reino Unido britânicos registaram uma subida no seu saldo de vendas em agosto. Dados da Confederação da Indústria Britânica, divulgados esta quinta-feira pela Reuters, apontam para um crescimento no indicador de vendas de -4 em julho, para 37 em agosto.
Segundo vários economistas consultados pela agência, a subida é tão mais inesperada quando era antecipada uma queda para -7. A avaliar pela pesquisa, recolhida entre 27 de julho e 12 de agosto, trata-se assim do mês mais forte de vendas em nove meses, numa altura em que a inflação galopante é notória no país.
Por isso, e mesmo como esta subida, a CIB mantém-se cautelosa e pessimista: Martin Sartorius, economista desta entidade explicou à Reuters como as empresas "permanecem pessimistas em relação à situação dos seus negócios nos próximos três meses", algo que se reflete nas intenções de investimento "que continuam resolutamente negativas".
No entanto, alguns especialistas têm uma explicação para o crescimento: para vários economistas, o salto nas vendas em agosto terá surgido como resultado dos subsídios de emergência pagos aos cidadãos em assistência social no final de julho, parte de um pacote de apoio anunciado pelo ex-ministro das Finanças Rishi Sunak em maio.
A pesquisa do CBI também mostrou que a inflação média dos preços de venda acelerou para seu ritmo mais rápido desde 1985 em +87 de +77 em maio. A inflação de preços ao consumidor atingiu uma alta de 40 anos de 10,1% em julho.