Notícia
Fraudes "roubaram" 13 mil milhões ao retalho em Portugal em 2023
Valor médio perdido por consumidores que foram vítimas de fraude em pagamentos no ano passado em Portugal foi de 428,18 euros - quase o triplo face a 2022, de acordo com estudo da plataforma de tecnologia financeira Adyen.
As empresas portuguesas perderam 13 mil milhões de euros para ataques fraudulentos no ano passado, revela um estudo levado a cabo pela Adyen.
O setor da moda de luxo, com 4 mil milhões de euros, e o dos artigos de desporto e "outdoors", com 2,7 mil milhões de euros, foram as áreas mais impactadas.
De acordo com o relatório "Adyen Index: Retail Report 2024", realizado em colaboração com o Centre for Economic Business and Research (Cebr), divulgado esta segunda-feira, as empresas portuguesas que previam aumentar as suas receitas em 100% ou mais em 2024 também perderam um montante mais elevado devido a fraude nos últimos 12 meses no valor de 3,4 mil milhões de euros, com a plataforma global de tecnologia financeira a advertir que "o crescimento rápido deve ser acompanhado das tecnologias corretas para proteger a empresa e os clientes".
O valor médio perdido por pessoa em Portugal foi de 428,18 euros – um aumento de 186% comparado com a última pesquisa realizada pela Adyen em 2023.
No entanto, apesar do aumento significativo de fraude, 53% das empresas nacionais afirmaram ter sistemas eficazes de prevenção de fraude em vigor – uma diminuição de 6 pontos percentuais em comparação com o ano passado (59%), sinaliza a Adyen, num comunicado enviado às redações.
O risco de fraude afetou o comportamento dos consumidores nacionais, tanto nas compras em loja como online, com 28% a indicar que se sentem-se mais inseguros quando fazem compras hoje em comparação com há dez anos.
Neste seguimento, 28% dos consumidores optam ativamente por fazer compras em lojas com medidas de segurança mais rigorosas. E quando fazem compras online, 19% dos consumidores apreciam quando os retalhistas lhes pedem para verificar a identidade, pelo menos, através de duas formas diferentes, refere o mesmo estudo.
A Adyen nota, porém, que os retalhistas estão a explorar a melhor forma para responder à crescente ameaça de fraude, com o objetivo de se protegerem a si próprias e aos seus clientes, apontando que, no caso de Portugal, 34% das empresas consideram a possibilidade de mudar o seu prestador de serviços de pagamento para um que ofereça melhores métodos de defesa contra fraude.
Olhando a nível mundial, o retalho perdeu 398 mil milhões de euros devido a fraude em 2023. No total, quase metade das empresas globais – 45% – foram vítimas de atividades fraudulentas, ciberataques ou fugas de dados nos últimos 12 meses, o que aumentou 32% em comparação com os números de 2022.
A atividade fraudulenta está também a afetar a carteira dos compradores a nível mundial, com 35% a serem vítimas de fraude nos pagamentos no último ano, em comparação com 23% de vítimas em 2022.
Das empresas inquiridas, mais de metade (55%), começaram a considerar a forma como podem cumprir a Diretiva dos Serviços de Pagamento 3 (DSP3) – uma diretiva da União Europeia que estabelece regras mais rigorosas para proteger os direitos dos consumidores e as informações pessoais no setor financeiro.
"A fraude é um desafio constante para os retalhistas e os resultados de hoje demonstram como pode ter um impacto significativo nos lucros", afirma o CCO da Adyen, Roelant Prins, citado na mesma nota, em que alerta que "os criminosos estão a aplicar métodos cada vez mais sofisticados quando atacam empresas ao servirem-se da inteligência artificial, pelo que é fundamental investir nos mecanismos de defesa certos para proteger a empresa e os clientes".
O setor da moda de luxo, com 4 mil milhões de euros, e o dos artigos de desporto e "outdoors", com 2,7 mil milhões de euros, foram as áreas mais impactadas.
O valor médio perdido por pessoa em Portugal foi de 428,18 euros – um aumento de 186% comparado com a última pesquisa realizada pela Adyen em 2023.
No entanto, apesar do aumento significativo de fraude, 53% das empresas nacionais afirmaram ter sistemas eficazes de prevenção de fraude em vigor – uma diminuição de 6 pontos percentuais em comparação com o ano passado (59%), sinaliza a Adyen, num comunicado enviado às redações.
O risco de fraude afetou o comportamento dos consumidores nacionais, tanto nas compras em loja como online, com 28% a indicar que se sentem-se mais inseguros quando fazem compras hoje em comparação com há dez anos.
Neste seguimento, 28% dos consumidores optam ativamente por fazer compras em lojas com medidas de segurança mais rigorosas. E quando fazem compras online, 19% dos consumidores apreciam quando os retalhistas lhes pedem para verificar a identidade, pelo menos, através de duas formas diferentes, refere o mesmo estudo.
A Adyen nota, porém, que os retalhistas estão a explorar a melhor forma para responder à crescente ameaça de fraude, com o objetivo de se protegerem a si próprias e aos seus clientes, apontando que, no caso de Portugal, 34% das empresas consideram a possibilidade de mudar o seu prestador de serviços de pagamento para um que ofereça melhores métodos de defesa contra fraude.
Olhando a nível mundial, o retalho perdeu 398 mil milhões de euros devido a fraude em 2023. No total, quase metade das empresas globais – 45% – foram vítimas de atividades fraudulentas, ciberataques ou fugas de dados nos últimos 12 meses, o que aumentou 32% em comparação com os números de 2022.
A atividade fraudulenta está também a afetar a carteira dos compradores a nível mundial, com 35% a serem vítimas de fraude nos pagamentos no último ano, em comparação com 23% de vítimas em 2022.
Das empresas inquiridas, mais de metade (55%), começaram a considerar a forma como podem cumprir a Diretiva dos Serviços de Pagamento 3 (DSP3) – uma diretiva da União Europeia que estabelece regras mais rigorosas para proteger os direitos dos consumidores e as informações pessoais no setor financeiro.
"A fraude é um desafio constante para os retalhistas e os resultados de hoje demonstram como pode ter um impacto significativo nos lucros", afirma o CCO da Adyen, Roelant Prins, citado na mesma nota, em que alerta que "os criminosos estão a aplicar métodos cada vez mais sofisticados quando atacam empresas ao servirem-se da inteligência artificial, pelo que é fundamental investir nos mecanismos de defesa certos para proteger a empresa e os clientes".