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Deco: material escolar mais barato em época de promoções e nas lojas online
A associação de defesa do consumidor analisou os preços em 67 pontos de venda do país, incluindo grandes superfícies, papelarias e lojas online, em duas fases diferentes.
De acordo com a associação de defesa do consumidor, o início do ano letivo e a necessária aquisição de material escolar trazem um investimento acrescido para os encarregados de educação e por esse motivo são muitos os consumidores que tentam aproveitar as campanhas promovidas pelos super e hipermercados.
A Deco Proteste quis por isso saber se as campanhas de "Regresso às aulas" realmente compensam, tendo para o efeito analisado este verão os preços em 67 pontos de venda do país, incluindo grandes superfícies (supermercados, hipermercados e grandes lojas da especialidade), papelarias e lojas online. Foram consideradas listas de material dos 1.º e 2.º ciclos do ensino básico, e realizadas duas recolhas de preços em momentos diferentes: um após o final do ano letivo 2021/2022 e outro durante as campanhas do "Regresso às aulas 2022/2023".
De acordo com a associação, os resultados demonstram que há vantagens na compra de material escolar na altura das promoções, mas esta difere consoante o tipo de loja e até entre lojas do mesmo tipo. Além disso, em geral, é online que se conseguem os preços mais competitivos.
De forma mais detalhada, no conjunto das 67 lojas físicas e online consideradas na primeira fase do estudo, feita fora da época em que os pais normalmente compram os materiais, uma lista do 1.º ciclo custava, em média, 97,95€. Em relação ao local, custo médio desta lista era mais reduzido nas lojas online, com valores na ordem 87,61€, seguindo-se os supermercados, a 90,83€. Em termos globais, as papelarias foram os estabelecimentos onde o material escolar tinha o valor médio mais elevado, custando 118,13€.
Na segunda fase de recolha, o preço médio global deste material desceu para 88,20€ (menos cerca de 10%) e foi também nas lojas online que a Deco encontrou o custo médio mais baixo para este material (77,05€, ou seja, menos 12%). Seguiram-se os supermercados e as papelarias, onde os custos do cabaz se situavam, em média, nos 78,04€ (menos 14%) e nos 114,47€ (menos 3%), respetivamente.
Quanto às compras para o 2.º ciclo, na primeira fase de estudo a lista de material escolar tinha um custo médio global de 152,43€, enquanto na segunda fase desceu para 140,73€ (menos quase 8%). Por tipo de loja verificaram-se diferenças dentro da mesma ordem de grandeza das registadas para o material do primeiro ciclo.
Verificou-se ainda que, na primeira recolha de preços efetuada, os oito primeiros lugares da lista das insígnias com níveis de preços mais baixos para o cabaz de materiais do 1.º ciclo eram todos ocupados por lojas online. Do lado dos supermercados, o primeiro a aparecer no ranking é o Auchan, com o Intermarché na posição seguinte. Já no final agosto, os supermercados Auchan ganham destaque ao subirem para a quarta posição. No que concerne ao cabaz do 2.º ciclo, tanto na primeira recolha de preços, como na recolha do final de agosto, os quatro pontos de venda mais baratos eram lojas online. Destaca-se o Pingo Doce online, que na primeira visita não tinha produtos suficientes para estudar o respetivo índice de preços, e no final de agosto apresentou o terceiro nível de preços mais baixo, a par da Olmar, para os materiais do 2.º ciclo.
A associação aproveitou a divulgação do estudo para lembrar que tem, em curso, uma ação de reivindicação para que todos os serviços educativos e despesas escolares com material obrigatório sejam dedutíveis em IRS.