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Santander conclui alterações na gestão mas Portugal é pouco afectado

A administração do Santander Totta vai ter mais um membro, Enrique Candelas, que estava até aqui responsável pelo negócio em Espanha. É a única mudança que se sabe afectar o banco português no meio da reestruturação global.

01 de Julho de 2015 às 14:16
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Há uma nova organização interna no grupo financeiro Santander. Há até novos nomes na administração do grupo. Em Portugal, a mudança passa pelo alargamento do conselho de administração do Totta.

 

O Santander controla o Santander Totta em Portugal, cujo conselho de administração, presidido por António Basagoiti Garcia-Tuñon, tinha até aqui apenas um um vice-presidente, António Vieira Monteiro, que é igualmente o responsável pela comissão executiva.

 

Mas as mudanças determinadas pela sede ditaram a abertura de mais um lugar de vice-presidente. Enrique García Candelas deixa de ter a responsabilidade pelo Santander Espanha mas "continuará vinculado ao grupo como vice-presidente do Santander Totta (Portugal)", indica um comunicado de imprensa emitido esta terça-feira, 30 de Junho. A equipa de administração passa a contar com 11 elementos.

 

De resto, e segundo fonte oficial do banco, não houve grandes alterações na estrutura de organização do Santander Totta até ao momento, na sequência da reestruturação que está a ser levada desde que Ana Botín, em Setembro, chegou ao comando da instituição financeira.

 

O mesmo não ocorreu noutros negócios, nomeadamente em Espanha. A actividade espanhola foi separada das funções desempenhadas pela sede, que se situa também no país. Na prática, há uma unidade chamada Santander Espanha, sob a qual ficam os vários negócios operacionais e na qual foi, agora, criado um conselho de administração. Passa a ter uma estrutura idêntica à de outras filiais, como o português Santander Totta, que tem, igualmente, uma administração própria.

 

No âmbito destas modificações, o número de departamentos da sede foi reduzido ao longo dos últimos seis meses, movimento acompanhado pelo corte de altos responsáveis, como aponta o comunicado de imprensa emitido pelo grupo. Deu-se a cessação de funções de vários directores-gerais nas últimas semanas. Na administração do grupo, Ignaio Benjumea abandona um cargo executivo e passa a ser um membro sem funções executivas. Já Juan Rodrígues Inciarte demitiu-se "por motivos pessoais" e sai até ao final do ano. Há uma nova entrada com Jaime Pérez Renovales.

 

"A nova estrutura societária vai facilitar o trabalho e melhorar tanto a competitividade como o foco no valor acrescentado para o negócio local do grupo", assinala o mesmo documento. Para a presidente do grupo financeiro, Ana Botín, estas alterações que visam "simplificar" a estrutura.

 

Desde que Ana Botín chegou ao Santander, substituindo o seu pai, Emilio Botín, começou a fazer alterações na cúpula da instituição financeira. Uma das mudanças essenciais foi a substituição do presidente executivo: Javier Marín foi substituído pelo então administrador com o pelouro financeiro, José Antonio Álvarez, que permanece no cargo. A partir daí seguiram-se novas modificações. 

Recorde-se que, em Portugal, o Santander saiu da corrida à compra do Novo Banco.

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