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RTP: Ministério Público e Banco de Portugal investigam aumento de capital do Montepio

O Ministério Público e o Banco de Portugal estão a investigar o aumento de capital do Montepio de 2013, revela a RTP. Parte terá sido conseguido através do Finibanco Angola, que concedeu empréstimos que posteriormente foram transferidos para o Montepio.

Pedro Simões
21 de Novembro de 2018 às 19:29
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O Montepio realizou um aumento de capital 200 milhões de euros, em 2013, numa operação realizada sob o comando de Tomás Correia. A RTP revela que a dias de terminar o prazo limite para que a instituição realizasse a operação foram concedidos empréstimos pelo Finibanco Angola que posteriormente foram canalizados para o Montepio Geral.

 

Em causa estão 35 milhões de euros. A maior fatia (20 milhões de euros) foi financiada a Paulo Guilherme, filho de José Guilherme, o construtor que ofereceu 14 milhões de euros a Ricardo Salgado do BES. Um segundo financiamento, desta feita de 12 milhões de euros, foi concedido a Eurico Brito, sogro de Paulo Guilherme. E o terceiro crédito, de três milhões de euros, foi concedido a João Alves Rodrigues. Estes valores posteriormente foram transferidos para uma conta do Montepio Geral junto do Finibanco Angola e utilizados na operação de aumento de capital.

 

A estação de televisão portuguesa adianta que o Banco de Portugal já tinha investigado estes empréstimos e obrigado a que fossem retiradas as verbas dos capitais próprios da instituição.

A RTP acerscenta que a informação prestada pelo Finibanco sobre estes empréstimos foi apresentada ao Conselho de Administração do Montepio, liderado por Tomás Correia, e considerada suficiente para os montantes figurarem nos capitais próprios do banco português.

Estes empréstimos foram aprovados por Luís Almeida, gestor próximo de Tomás Correia e que integra a lista deste último nas eleições de 9 de Dezembro para a Associação Mutualista, que detém o Montepio Geral. 

 

Em 2013, o Montepio realizou um aumento de capital de 200 milhões de euros, através emissão de unidades de participação no retalho. Na altura, o presidente executivo da instituição, Tomás Correia, anunciou o sucesso da operação com a procura a ascender aos 220,5 milhões de euros, excedendo a oferta.

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