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Regulador do Dubai quer liquidar unidade dos Espírito Santo

O gestor que ficou responsável pelo ES Bankers (Dubai) diz que "o banco já não é capaz de cumprir as suas obrigações". Já há responsáveis para uma liquidação provisória. A 19 de Outubro, decide-se se o ES Bankers é dissolvido.

Miguel Baltazar/Negócios
01 de Outubro de 2014 às 16:43
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O regulador da banca do Dubai quer que o ES Bankers, a unidade do Grupo Espírito Santo no país, seja liquidado. A questão vai a tribunal a 19 de Outubro. E aí ficará decidido se aquela instituição é dissolvida.

 

Numa nota publicada na segunda-feira, 29 de Setembro, e esta quarta-feira citada pela Reuters, a autoridade da banca do Dubai (DFSA, na sigla original) informa que o sistema judicial do centro financeiro daquela região nomeou dois funcionários da consultora Delloite como responsáveis provisórios pela liquidação do ES Bankers: Philip Stephen Bowers e Neville Barry Kahn. Neste momento, são eles que gerem os negócios e os activos daquela unidade.


"O pedido da DFSA ao tribunal para as referidas nomeações teve como base a apresentação do gestor do ES Bankers [que ocupou o lugar da administração anteriormente liderada por Ricardo Salgado] a atestar que o banco já não é capaz de cumprir as suas obrigações nem é capaz de continuar a funcionar normalmente", aponta aquele comunicado. A 18 de Setembro, a autoridade financeira tinha já imposto restrições à unidade do grupo no Dubai devido "à incapacidade do banco do Grupo Espírito Santo sedeado na Suíça, o Banque Privée Espírito Santo, de honrar compromissos contratuais com o ES Bankers Dubai e de reembolsar os depósitos devidos ao ES Bankers Dubai no normal curso dos negócios".

 

Neste momento, os dois responsáveis da Delloite têm como "função primordial" a protecção dos "activos dos ES Bankers e dos activos dos clientes no período até que haja uma audição formal para a liquidação". A 19 de Outubro irá decorrer uma audição sobre o pedido da reguladora para a nomeação de um único responsável para a liquidação daquela instituição financeira. É aí que se ficará a saber se o banco poderá ser encerrado. Na prática, a FDSA está à espera de uma aprovação judicial para que o ES Bankers (Dubai) seja liquidado.

 

A unidade do Dubai era uma operação de gestão de patrimónios e de fortunas, sendo detida pelo Espírito Santo Financial Group, a empresa através da qual o grupo tinha posições no Banco Espírito Santo e nos bancos fora da União Europeia (Panamá, Dubai e Suíça). O ESFG tem 95% do seu capital, sendo que os restantes 5% estão distribuídos por "outros accionistas", que não são identificados no site da instituição financeira.

 

Na Suíça, o Banque Privée Espírito Santo também solicitou a entrada em liquidação, além de estar sob investigação. As sociedades do Grupo Espírito Santo Rio Forte, Espírito Santo Financial Group e Espírito Santo International solicitaram a entrada num regime de protecção de credores, a chamada "gestão controlada" no Luxemburgo, onde estão sedeadas. 

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