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Raize mais que duplica prejuízos para 66 mil euros em 2018

A fintech portuguesa Raize, que se estreou em 2018 em bolsa, sublinha o peso dos gastos não recorrentes no balanço do ano.

Tiago Sousa Dias
06 de Março de 2019 às 16:08
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Naquele que foi o ano da sua estreia em bolsa, a fintech portuguesa Raize apresentou um resultado líquido negativo de 66.000 euros, mais do que duplicando os prejuízos que havia registado no ano anterior.

"Com base no investimento realizado, a Raize obteve, em base consolidada, um resultado operacional de -72.628 euros, em linha com os 3 anos anteriores, e um resultado líquido de -65.941 euros", esclarece a Raize, no documento publicado esta quarta-feira, 6 de março, no site da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). Em 2017, os prejuízos foram de 30.148 euros.

A fintech justifica o resultado operacional negativo de 72.628 euros com as despesas de marketing, nas quais o lançamento da oferta pública de venda (OPV) teve um peso relevante. Os custos de marketing desta operação ascenderam aos 91.510 euros, sendo que as despesas recorrentes com marketing também cresceram, de 32.000 para 52.000 euros. No conjunto, os investimentos nesta área dispararam assim 353% de um ano para o outro. Sem este efeito, os ganhos operacionais teriam ascendido aos 71.040 euros, uma subida superior a 661% relativamente ao ano anterior, salvaguarda a empresa.

No mesmo documento, a empresa deixa uma proposta de aplicação de resultados: "a Administração da Sociedade propõe à Assembleia Geral que sejam transferidos para resultados transitados os resultados líquidos em base individual do período, no valor de –36.971,21 euros, na expectativa que resultados de exercícios futuros cubram o prejuízo do ano".

Numa nota mais positiva, a margem financeira da Raize, que se ficava pelos 2.028 euros negativos em 2017, aliviou para uma perda de 931 euros. Paralelamente, o produto bancário ascendeu de 264.341 para os 474.125 euros.

A empresa dá ainda conta que, no último ano, a base de investidores ascendeu aos 44 mil e foram investidos através da Raize cerca de 21,8 milhões de euros em PME (pequenas e médias empresas) portuguesas, o que representa um aumento de 109% face a 2017. No documento, a Raize considera-se "um dos financiadores de referência de médio/longo-prazo das PME em Portugal, lado a lado com o Estado e os maiores bancos".

A Raize começou a negociar em bolsa a 18 de julho de 2018, através de uma OPV que ficou marcada por ser a primeira em quatro anos na bolsa portuguesa. Na OPV, foram vendidas 750.000 ações, representativas de 15% do capital da empresa. Foram 1.419 os investidores a participar nesta operação, tendo a procura superado em 3,7 vezes a oferta, sendo que todos os investidores de retalho receberam pelo menos 500 ações da empresa (num investimento de mil euros).

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