A Caixa Económica Montepio Geral apresentou um crescimento de 21% dos resultados líquidos no primeiro semestre, em que o lucro ascendeu a 15,8 milhões de euros, que comparam com os 13 milhões de um ano antes.

"É um resultado ainda modesto, é um valor baixo, todavia positivo", comentou o presidente do Montepio, em conferência de imprensa esta quinta-feira, 27 de Setembro, que teve lugar em Lisboa.

As imparidades e provisões deslizaram e deram o grande contributo para o crescimento dos lucros. As imparidades para crédito caíram de 63,8 para 45,8 milhões de euros.

Dívida pública penaliza

O Montepio vendeu dívida pública no primeiro semestre do ano passado e esse facto acaba por, comparativamente, pesar nas contas relativas aos primeiros seis meses de 2018. Assim, a margem financeira deixou de contar com os juros pelo facto de esta dívida estar em carteira, efeito que havia há um ano. Carlos Tavares quantificou em 20 milhões o valor que não contou para a margem.

Assim, a margem financeira cedeu de 143,3 milhões para 134,2 milhões, também devido ao facto de o volume de crédito ter caído no semestre.

O outro factor penalizado pela venda de dívida pública é a quebra dos resultados em operações financeiras que, entre Janeiro e Junho de 2017, tinham beneficiado com as mais-valias da alienação, e que esteve ano não ocorreram.

Houve um aumento das comissões de 55,2 para 57,4 milhões, mas Carlos Tavares sublinha que há uma reduzida margem para maiores subidas.

Na soma das várias rubricas, o produto bancário desceu de 248,6 para 200,7 milhões.

Em relação aos custos operacionais, houve um deslize de 137,2 para 132,7 milhões de euros, em especial com gastos gerais, já que até houve um aumento dos funcionários do quadro.

Os resultados em operações descontinuadas (Angola e Moçambique) também permitiram o ganho do lucro: renderam 11,9 milhões até Junho deste ano, face aos 5,4 milhões de há um ano.