O Partido Socialista (PS) redigiu um projeto-lei que alinha com a posição da restante esquerda – BE, PCP e PAN – que já defendiam um travão às comissões cobradas pela banca, embora a proposta do PS se distinga da dos parceiros em alguns pontos.

Esta semana discutem-se no Parlamento as comissões que estão a ser cobradas pela banca e a esquerda surge alinhada, em termos gerais. Uma das diferenças chave entre as propostas é que o PS quer limitar as comissões de MB Way mas não pretende proibi-las, à semelhança do que defendem os aliados à esquerda.

O projeto socialista, citado pelo Público, vem "limitar a cobrança de comissões pelos prestadores de serviços de pagamento nas operações de levantamento de fundos, realização de pagamentos e serviços de transferências ou através de plataformas eletrónicas de natureza financeira operadas por terceiros", escreve o Público, assinalando que o que está, portanto, em causa, são apenas as comissões ordenadas através de MBWay.

A Deco já havia avançado com um apelo aos partidos no passado 10 de fevereiro, precisamente para que estes atuassem no sentido de contrariar aos comissões da banca, que considera "desproporcionais".

Os bancos nacionais, após um período de grande adesão dos utilizadores à MBWay sem custos associados, decidiram passar a cobrar pelas transferências feitas através desta aplicação. Para contrabalançar esta opção, decidiram disponibilizar o serviço através das suas próprias aplicações, espaço no qual isentaram alguns dos clientes do pagamento da comissão, embora não todos.