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Papa vai mudar a administração do Banco do Vaticano

O Papa Francisco vai proceder à substituição do quadro executivo do Banco do Vaticano numa altura em que os lucros desta entidade caíram 97%. A estrutura do banco também será alterada.

Bloomberg
08 de Julho de 2014 às 14:44
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Os próximos dias deverão trazer novidades no que diz respeito ao conselho de administração do Banco do Vaticano. Um ano depois dos escândalos tornados públicos, que envolviam, entre outras suspeitas, a alegada prática de lavagem e branqueamento de dinheiro, levando mesmo à detenção de um padre italiano por acusações de fraude e ao julgamento de antigos administradores, o Papa Francisco terá decidido não apenas mudar a administração do Banco do Vaticano, mas também a estrutura da organização.

 

A instituição cuja designação oficial é a de Instituto para as Obras da Religião (IOR), segundo escreve a Bloomberg, terá um novo conselho de administração, por decisão do próprio Papa Francisco, depois de um ano em que foram estudadas e introduzidas algumas alterações à estrutura do banco. Desta forma, será afastado da liderança do IOR o "chairman" da instituição Ernst von Freyberg, homem escolhido no ano passado pelo antecessor de Francisco, o Papa Bento XVI, depois de serem noticiadas as práticas do Banco do Vaticano.

 

Francisco que chegou a ponderar a extinção do banco sediado no Vaticano, tendo até afirmado que "São Pedro não tinha conta em banco nenhum", acabou por decidir pela manutenção do IOR, mas com algumas alterações que assegurem uma maior transparência da gestão daquela instituição financeira.

 

Além da nova administração, que deverá ser conhecida nos próximos dias, foi entretanto criado o novo Secretariado da Economia, liderado por um homem próximo de Francisco, o cardeal australiano George Pell. Pell deverá, ao que tudo indica, ter um importante papel na supervisão da gestão do IOR.

 

Apesar dos lucros do IOR terem caído de 86,6 milhões de euros em 2012 para apenas 2,9 milhões no ano passado, a igreja católica afirma que a gestão do Banco do Vaticano deverá ser feita, no futuro, "com prudência".

 

O Papa argentino impôs que o IOR visse a sua capacidade de acção diminuída, bem como os seus poderes. O Financial Times escreve ainda que Francisco quer com esta limitação de poderes do IOR recentrar a atenção da igreja no seu principal objectivo, o de apoiar os mais desfavorecidos. 

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