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Novo Banco investiga António Ramalho

Conselho Geral e de Supervisão do banco confirma análise interna depois das escutas divulgadas na imprensa que mostram que o CEO António Ramalho ajudou Luís Filipe Vieira a “preparar-se” para uma audição no parlamento.

O novo preçário do Novo Banco, liderado por António Ramalho, vai entrar em vigor, na sua maioria, a 14 de março de 2022.
Bruno Colaço
21 de Janeiro de 2022 às 18:24
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O Conselho Geral e de Supervisão do Novo Banco confirma que deu início a uma "análise independente dos conteúdos divulgados na imprensa nas últimas três semanas relativos à "Operação Cartão Vermelho".

Em comunicado, a entidade esclarece que a investigação começou no dia 7 de janeiro, logo depois dessa divulgação feita pela revista Sábado.

"O CGS confirma que os assuntos abordados relacionados com a Operação Cartão Vermelho estão a ser analisados com seriedade e que a análise independente está a ser efetuada de forma pormenorizada, rigorosa, e baseada em factos e nas informações disponíveis", esclarece.

O Conselho não adianta no entanto um prazo para a conclusão da investigação: "a análise independente estará concluída de forma atempada e exaustiva, através de um procedimento adequado", lê-se. O CGS assegura, no entanto, que "a abordagem, os resultados e a documentação relevante de suporte desta análise serão partilhados com o Banco Central Europeu, numa base continua e quando completa".

Logo depois da divulgação das escutas, Ramalho afirmou, em entrevista à CNN, que a sua idoneidade é "revista permanentemente", que "não houve da parte do Novo Banco nenhuma preparação do senhor Luís Filipe Vieira para efeitos da comissão de inquérito" e que sempre defendeu "os interesses do banco e da comissão de inquérito".

"Pensar que um banco era capaz de manipular uma comissão de inquérito, de manipular pessoas que respondiam perante uma comissão de inquérito, parece-me de uma mundo totalmente virtual", disse Ramalho na entrevista televisiva.

O CEO do Novo Banco admitiu no entanto que se reuniu com Luís Filipe Vieira no início de maio do ano passado, uma semana antes da ida do presidente da Promovalor ao parlamento.

O presidente da instituição financeira descreveu o encontro como sendo "uma reunião rápida" e garantiu que na "apenas se falou de duas coisas": a disponibilidade do banco para "dar toda a informação necessária" para responder aos deputados "e simultaneamente para fazer uma sugestão", a de não fazer perante os deputados "as cenas de não saber, não conhecer e de não perceber o que é que se passa".

Questionado sobre se se considera idóneo para continuar à frente do Novo Banco, António Ramalho disse que a idoneidade "é revista permanentemente". "Eu espero que a minha também seja revista em permanência. Ainda agora, recentemente, foi-me revista", acrescentou.

Notícia atualizada às 18h40 com contextualização adicional
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