Notícia
Guerra na Ucrânia pode limitar dividendos da banca
A inflação e a crise energética causada pela guerra podem levar o supervisor bancário a exigir aumentos de capital ou a limitar a distribuição de dividendos, para resistirem a uma possível recessão.
19 de Julho de 2022 às 09:44
Tanto o Banco Central Europeu como o Banco de Portugal estão atentos à capacidade dos bancos em resistir a uma eventual recessão causada pela alta inflação e pela guerra na Ucrânia. E não descartam impor novamente limites aos dividendos, avança o Dinheiro Vivo esta terça-feira.
As razões prendem-se com a incerteza económica por causa da alta inflação e a crise energética causada pela guerra na Ucrânia, que podem levar os supervisores a pedir a alguns bancos para aumentar capital ou a limitar a distribuição de dividendos de forma a terem capacidade de resposta no caso de uma possível recessão. De acordo com o Dinheiro Vivo, o Banco de Portugal está pronto para intervir caso seja necessário.
Do lado do BCE, surgem alertas para o reforço da capitalização dos bancos. Os supervisores estão a olhar de perto para as almofadas financeiras dos bancos para garantir que conseguem fazer face a um eventual agravamento da inflação e abrandamento da economia.
"Os níveis de capital exigidos aos bancos baseiam-se não só nos riscos existentes no momento presente, mas também considerando as projeções para a evolução da atividade e dos fundos próprios", disse ao Dinheiro Vivo fonte oficial do Banco de Portugal.
Para o supervisor, em declarações ao Dinheiro Vivo, "as instituições de crédito têm de considerar os potenciais impactos, diretos e indiretos, resultantes da invasão da Ucrânia pela Rússia para assegurar que retêm, em permanência, níveis de capital suficientes para fazer face a uma possível deterioração da qualidade dos seus ativos e preservar o financiamento à economia, sem pôr em causa o cumprimento dos requisitos de fundos próprios aplicáveis".
(notícia corrigida às 11h32)
As razões prendem-se com a incerteza económica por causa da alta inflação e a crise energética causada pela guerra na Ucrânia, que podem levar os supervisores a pedir a alguns bancos para aumentar capital ou a limitar a distribuição de dividendos de forma a terem capacidade de resposta no caso de uma possível recessão. De acordo com o Dinheiro Vivo, o Banco de Portugal está pronto para intervir caso seja necessário.
"Os níveis de capital exigidos aos bancos baseiam-se não só nos riscos existentes no momento presente, mas também considerando as projeções para a evolução da atividade e dos fundos próprios", disse ao Dinheiro Vivo fonte oficial do Banco de Portugal.
Para o supervisor, em declarações ao Dinheiro Vivo, "as instituições de crédito têm de considerar os potenciais impactos, diretos e indiretos, resultantes da invasão da Ucrânia pela Rússia para assegurar que retêm, em permanência, níveis de capital suficientes para fazer face a uma possível deterioração da qualidade dos seus ativos e preservar o financiamento à economia, sem pôr em causa o cumprimento dos requisitos de fundos próprios aplicáveis".
(notícia corrigida às 11h32)