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Negócios de "private equity" valem tanto como o PIB português

É o valor mais alto da última década: houve cerca de 180 mil milhões de euros gastos em operações protagonizadas por fundos de "private equity" nos primeiros nove meses do ano, segundo o Financial Times.

Reuters
28 de Setembro de 2017 às 09:04
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Os negócios concretizados por fundos de "private equity" nos primeiros nove meses do ano valem praticamente o mesmo que a riqueza portuguesa do ano passado. O montante está em máximos desde 2007, o ano em que arrancou a crise financeira.

 

De acordo com o Financial Times, que recorre a dados da Thomson Reuters, o montante gasto nestas operações até à data subiu cerca de 25% para um total de 212 mil milhões de dólares (180 mil milhões de euros). No ano passado, o Produto Interno Bruto português fixou-se em 184 mil milhões de euros.

 

Desde 2007 que não havia tanta movimentação de dinheiro pelas mãos destes fundos que, usualmente, investem em empresas em dificuldades, promovem a sua reestruturação e vendem-nas posteriormente a montantes mais elevados. O retorno é, depois, para os investidores institucionais (fundos de pensões, por exemplo) que estão por detrás dos fundos, mas que raramente são divulgados.


Portugal tem sido um mercado em que estes fundos têm feito negócio, estando, aliás, uma das transacções a acontecer: os americanos da Lone Star - que ainda há pouco tempo puderam entrar na cerâmica nacional - estão em processo de aquisição do Novo Banco. Não é caso único: o fundo Apollo tem sido activo nas aquisições em Portugal, sendo dono da Tranquilidade e da Açoreana. Além disso, são várias as notícias que indicam o interesse destas entidades em activos nacionais ao longo dos últimos anos, por exemplo, no imobiliário. 

A Europa é, ainda assim, o segundo mercado mais activo nas aquisições por fundos de "private equity". Os EUA são o maior mercado, com 105 mil milhões de dólares nestas operações, seguido da Europa, com 69 mil milhões, o que representou uma subida de 60% no valor dos negócios, e só depois a Ásia, segundo os dados avançados pela publicação  financeira.  

 

O FT adianta inúmeros motivos para que tenha sido atingido valor mais alto desde 2007: "somas recorde de capital por gastar, dívida barata e condições de financiamento altamente favoráveis" justificam a subida do montante destes negócios. Além disso, houve inúmeras oportunidades de investimento de empresas em situação delicada no pós-crise da dívida na Europa.

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