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NB mandou créditos da Prebuild e Greenwoods para o MP, diz ex-diretor de auditoria

Em causa estão créditos relacionados com a Prebuild, de João Gama Leão, e uma operação bancária que envolve um projeto imobiliário em Sesimbra, o Greenwoods.

Novo Banco pediu 598,3 milhões de euros ao Fundo de Resolução. Há dúvidas sobre parcela de 166 milhões.
Pedro Catarino
26 de Maio de 2021 às 13:46
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Há duas operações de crédito concedidas pelo Banco Espírito Santo (BES) que o Novo Banco decidiu enviar para o Ministério Público. A informação foi avançada esta quarta-feira, 26 de maio, por Nelson Martins, ex-diretor do departamento de auditoria interna do banco.

O responsável foi ouvido no âmbito da Comissão Eventual de Inquérito Parlamentar às perdas registadas pelo Novo Banco e imputadas ao Fundo de Resolução.

Em causa estão empréstimos da Prebuild, de João Gama Leão, mas também o processo de concessão de crédito para o desenvolvimento do projeto que ficou conhecido como a "mata de Sesimbra".
 Operações onde foram identificadas práticas "irregulares" e "suspeitas" que acabaram por ser investigadas pelas autoridades, disse Nelson Martins aos deputados. 

O Jornal Económico avançou, em abril, que o Novo Banco tinha enviado para a Procuradoria-Geral da República o processo de concessão de crédito que envolveu o projeto imobiliário em Sesimbra, o Greenwoods Ecoresorts. E que o DCIAP estava a investigar. Quando o BES foi alvo de uma medida de resolução, em 2014, este ativo levou à constituição de imparidades superiores a 150 milhões de euros.

"A partir de início de 2014, há uma consciência forte de que algo grave se estava a passar, porque há uma grande solicitação do regulador para fazer trabalhos sobre a exposição do grupo BES ao GES", disse Nelson Martins, esta quarta-feira. 

Na terça-feira, Daniel Santos, diretor do departamento de recuperação de créditos a empresas do Novo Banco, afirmou que a Cerâmicas Aleluia, o único ativo que a Prebuild (de João Gama Leão) detinha e que passou para o banco, tinha as contas "empoladas" em 19 milhões de euros, numa tentativa de esconder uma "gestão danosa" de uma empresa que estava "desnatada".
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