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Montepio passa de lucro a prejuízo de 51,3 milhões

O Banco Montepio fechou o primeiro semestre com prejuízos de 51,3 milhões de euros, valor que compara com lucros de 3,6 milhões na primeira metade do ano passado.

O Banco Montepio, liderado por Pedro         Leitão, registou uma descida dos lucros de 17% para 5,4 milhões de euros nos primeiros três meses do ano.
DR
01 de Agosto de 2020 às 09:54
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O Banco Montepio fechou o primeiro semestre com prejuízos de 51,3 milhões de euros, valor que compara com lucros de 3,6 milhões na primeira metade do ano passado, revelou este sábado a instituição financeira.

Os resultados foram impactados pelo "maior nível de imparidades e provisões constituídas na sequência da revisão em baixa do cenário macroeconómico devido ao impacto da Covid-19 nos agentes económicos, quer nos particulares, quer nas empresas", assinala o banco liderado por Pedro Leitão Branco.

O produto bancário core diminuiu 2,2% para 178,3 milhões de euros, tendo a margem financeira caído 4,5% para 114,7 milhões de euros, o que segundo o banco traduz "os efeitos desfavoráveis de fatores exógenos associados à pandemia Covid-19 e que determinaram menores níveis de atividade nos clientes particulares e nas empresas, e também das taxas de juro de mercado permanecerem em níveis muito baixos".

Contudo, o Montepio destaca que "o desempenho da margem financeira no primeiro semestre de 2020 beneficiou da gestão sistemática do pricing dos depósitos de clientes de retalho e institucionais, onde se observou, em ambos os casos, uma redução do custo destes recursos".

As comissões líquidas cifraram-se em 56,1 milhões de euros, uma quebra homóloga de 2,7%, enquanto os resultados em operações financeiras totalizaram 7,2 milhões de euros, valor que compara com os 400 mil euros negativos de um ano antes, traduzindo "os ganhos na alienação de obrigações de dívida pública e privada realizados no decurso do primeiro trimestre de 2020, entre outros".

O crédito a clientes subiu 0,8%, ascendendo a 11.554 milhões de euros, tendo o crédito concedido às empresas registado uma subida de 329 milhões de euros, "concretizando a ambição de incrementar o volume de negócios junto das PME e das empresas do "'middle market'".

O banco destaca que "a proporção dos non performing exposures (NPE) sobre o total do crédito, registou uma evolução favorável do rácio NPE ao passar de 12,2% em 31 de dezembro de 2019 para 11,9% no final do primeiro semestre de 2020".

"Assim, a cobertura das NPE por imparidades evoluiu de 52,1% no final de 2019 para 58,4%
em 30 de junho de 2020. Contudo, se considerarmos, para além das imparidades, também os
colaterais e as garantias financeiras associados, a cobertura dos NPE eleva-se para 89,8% no
final do primeiro semestre de 2020", frisa.

Já os depósitos de clientes ascenderam a 12.422 milhões de euros, abaixo dos 12.680 milhões no período homólogo, evidenciando "a diminuição registada por alguns clientes institucionais, por um lado, e o aumento observado nos segmentos de particulares e das PME, por outro".

Imparidades atiram contas para o vermelho
A imparidade do crédito registada no primeiro semestre atingiu 109,4 milhões de euros, mais 67,4 milhões face ao período homólogo, o que o banco justifica com "o aumento do risco de crédito determinado pela pandemia Covid-19, por um lado, e do reforço dos níveis de imparidade para algumas exposições creditícias que se encontravam em incumprimento, por outro".

O agregado das outras imparidades e provisões, relacionadas com outros ativos financeiros,
com outros ativos e com provisões, totalizaram 12,8 milhões de euros, mais do que duplicando os 5,1 milhões de igual período de 2019, "como resultado do aumento do risco de crédito, incluindo instrumentos de dívida, e em imóveis recebidos em dação".

(Notícia atualizada)
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